Thursday, November 10, 2011

A NARRATIVA NO MOVIMENTO NEO-REALISTA -- AS VOZES SOCIAIS E OS UNIVERSOS DA FICÇÃO, de Vítor Viçoso (1)

A Narrativa no Movimento Neo-Realista – As Vozes Sociais e os Universos da Ficção, de Vítor Viçoso (Lisboa, Edições Colibri, 2011) consiste num panorama vasto da narrativa neo-realista, analisada com minúcia a partir de um conjunto de 148 títulos de bibliografia activa – corpus mais do que suficiente para determinar com segurança as linhas-de-força de uma corrente literária.      
     Quando falamos em narrativa neo-realista e nos seus autores, referimo-nos à mais importante corrente literária do século XX: não na poesia – apesar de Carlos de Oliveira, Mário Dionísio ou Manuel da Fonseca; não no ensaísmo e na crítica – apesar de (outra vez) Mário Dionísio, Álvaro Salema ou António José Saraiva, entre muitos outros –, mas, claramente, na ficção narrativa e, em particular, no romance. Basta lembrar os maiores: Alves Redol, Manuel da Fonseca, Fernando Namora, Carlos de Oliveira, para não falar naqueles que dele se distanciaram em maior ou menor grau, como Vergílio Ferreira e José Marmelo e Silva, ou de Soeiro Pereira Gomes, que morre prematuramente apenas com um livro publicado – sem esquecer, naturalmente, Ferreira de Castro, da geração anterior, mas de quem tem sempre de ser citado com pormenor quando se aborda o neo-realismo.

(texto lido na apresentação do livro no Café Saudade, Sintra, em 21 de Outubro de 2011)

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