Num livro póstumo de Louis Parrot (1906-1948), na suculenta colecção «Poètes d'Aujourd'hui» da Seghers (vol. 11) sobre Blaise Cendrars (Paris, 1948), (são também de sua autoria os volumes 1 e 7, respectivamente sobre Éluard e Lorca), leio sobre a influência que a leitura de Ferreira de Castro provocaram em poemas de temática brasileira de Feuilles de Route ou em narrativas como «En trasantlantique dans la Forêt» -- tudo a ler cum granum salis, como se voltou a dizer:
«Dans sa descritption de la forêt, Blaise Cendrars atteint à la puissance d'um Ferreira da [sic] Castro, l'un des plus grands écrivains d'aujourd'hui, le Kipling portugais, qui très pauvre, partit à douze ans pour le Brésil, y connut la vie des plus misérables émigrants, des "seringueiros", et nous donne dans son chef-d'oeuvre, A Selva, La Forêt Vierge, le témoignage d'un homme tout pénétré de souffrance et d'amour [...] Da [sic] Castro a trouvé en Cendrars un égal, un homme qui, sans avoir la même expérience de la vie brésillienne, en a su cependant comprendre tout l'essentiel.» (pp. 66-67)
É de notar que a notoriedade de Ferreira de Castro em França era então grande -- foi nesse ano feito sócio-honorário da Socité des Gens de Lettres de Paris -- fundada por Balzac, Hugo, Dumas e George Sand, sendo à época presidida por Maurice Bedel. Ainda hoje, a França é o país em que Castro está mais presente, mais ainda do que no próprio Brasil, se exceptuarmos a região amazónica e as cidades de Belém e Manus.
É de notar que a notoriedade de Ferreira de Castro em França era então grande -- foi nesse ano feito sócio-honorário da Socité des Gens de Lettres de Paris -- fundada por Balzac, Hugo, Dumas e George Sand, sendo à época presidida por Maurice Bedel. Ainda hoje, a França é o país em que Castro está mais presente, mais ainda do que no próprio Brasil, se exceptuarmos a região amazónica e as cidades de Belém e Manus.