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Saturday, April 04, 2015

Ferreira de Castro nos dicionários (8): a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira

A GEPB publicou-se entre 1936 e 1960, em 40 volumes, quatro dos quais são "Apêndices". Secretariada por João de Sousa Fonseca, foram seus directores Mendes Correia, António Sérgio, Gonçalves Pereira, Martins Zúquete, Manuel Otero Ferreira e Cardoso Júnior, acolhendo verbetes dum notável corpo de dezenas de colaboradores, um dos quais, Aquilino Ribeiro, é um dos romancistas contemplados neste balanço. A GEPB tinha um grande número de autores da Oposição ao Estado Novo, com claras referências às actividades dos escritores que eram adversários do regime, incluindo as prisões. Os verbetes não eram, infelizmente, assinados.
Quanto aos critérios, verifica-se um bom equilíbrio entre os dados biobibliográficos e a análise e caracterização das respectivas obras, principalmente no que respeita aos romancistas veteranos.
Não contemplo, por agora, a "Actualização", posterior ao 25 de Abril, já com um lote de colaboradores distinto, mantendo, porém, alguns da primeira série.

Wednesday, April 01, 2015

Fereira de Castro nos dicionários (4): Assis Esperança, Maria Archer e Rodrigues Miguéis no Dicionário Universal de Literatura, de Henrique Perdigão


Dicionário Universal de Literatura

Assis Esperança ("Assis Esperança -- (António) -- 1892"). Mera descrição bio-bibliográfica e outra informação pessoal.

Ficha:
pags.: 801
dimensões: 10,1 cm.
palavras: --
caracteres: --
foto: sim

José Rodrigues Miguéis ("Rodrigues Miguéis -- (José Claudino) -- 1901"). Referências bibliográficas exaustivas e percurso para-literário pormenorizado; referência crítica (António Sérgio).

Ficha:
págs.: 851
dimensões: 20,8 cm.
palavras: --
caracteres: --
foto: não

Maria Archer (Archer -- (Maria) -- 1905*") Percurso biobibliográfico pormenorizado, dentro dos limites possíveis. Referência crítica (João Gaspar Simões)

Ficha:
págs.: 865-866
dimensões: 15,1 cm.
palavras: --
caracteres: --
foto: não

Há alguma confusão com o ano do nascimento. Alguns autores situam-no em 1899, outros em 1905.

Ferreira de Castro nos dicionários (3) Manuel Ribeiro e Aquilino Ribeiro no Dicionário Universal de Literatura, de Henrique Perdigão

Dicionário Universal de Literatura
Manuel Ribeiro. ("Ribeiro (Manuel) -- 1879"). Percurso biográfico e ideológico, referências bibliográficas, referência crítica (citação de António Sérgio) e situação profissional. 

Ficha:
págs.: 900-001
dimensões: 24,9 cm.
palavras: --
caracteres: --
foto: sim

Aquilino Ribeiro: ("Ribeiro (Aquilino) -- 1885"). Biografia e bibliografia, alusão à opulência estilística, não recolhendo então aprovação unânime (João Gaspar Simões), referência crítica (Aubrey Bell).

Ficha:
pág.: 733
dimensões: 21, 5 cm.
palavras --
caracteres --
foto: não

Tuesday, December 13, 2011

Vítor Viçoso, A NARRATIVA NO MOVIMENTO NEO-REALISTA – AS VOZES SOCIAIS E OS UNIVERSOS DA FICÇÃO (5)

* a polémica entre José Rodrigues Miguéis e Castelo Branco Chaves nas páginas da Seara Nova – movimento de grande nobreza cívica e cultural que, nas palavras de Raul Proença, se situava à extrema-esquerda do regime republicano; dissensão que leva ao abandono da revista do primeiro, já activista comunista, deixando de reconhecer-se no liberalismo socialista do grupo de Proença, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro e António Sérgio;



Saturday, January 23, 2010

Jaime Brasil, anarquista (2)

Sem nos determos na caracterização de nomes e menos ainda nos que, inicialmente anarquistas, acabaram por posicionar-se no campo ideológico oposto -- como Afonso Lopes Vieira ou Alfredo Pimenta -- ou partilharam certa comunhão de ideário socialista -- de Antero de Quental a António Sérgio --, vale dizer que a primeira metade do século XX deu a Portugal um conjunto de autores que se constituiu como uma plêiade intelectual notável. Doutrinadores como Neno Vasco, Campos Lima e Emílio Costa, romancistas como Assis Esperança e Ferreira de Castro, cientistas como Aurélio Quintanilha, publicistas de largo espectro como Julião Quintinha, Jaime Brasil e Roberto Nobre, entre muitos outros. Alguns destes autores estão em plena maturidade -- e outros haviam já começado a construir um nome literário -- ainda em vida de alguns dos mais importantes escritores libertários, como Piotr Kropótkin e Errico Malatesta, falecidos respectivamente em 1921 e 1935, e ambos, aliás, com uma profunda influência nos meios anarquistas portugueses. (3)

(3) Sobre o anarquismo ou libertarismo em Portugal, socorremo-nos, para este artigo, de Carlos da FONSECA, Para uma Análise do Movimento Libertário e da Sua História, tradução de Júlio Henriques, Lisboa, Antígona, 1988; e João FREIRE, Anarquistas e Operários -- Ideologia, Ofício e Práticas Sociais: o Anarquismo e o Operariado em Portugal, 1900-1940, Porto, Edições Afrontamento, 1992.

Afinidades, n.º 2-II Série, Porto, Casa-Museu Abel Salazar, Jul.-Dez. 2005, p. 13.

Monday, September 22, 2008

O Museu Ferreira de Castro (9)

O ESPÓLIO
O riquíssimo espólio documental, composto por mais de vinte mil documentos de correspondência, largas dezenas de títulos de periódicos, manuscritos e inúmeros espécimes diversos, está aberto aos investigadores, doutorandos, mestrandos e estudantes universitários.
Da correspondência de escritores, artistas plásticos, cientistas, políticos e editores, constam nomes tão diversos quanto Eugénio de Andrade, João Lúcio de Azevedo, João de Barros, Agustina Bessa-Luís, António Botto, Jaime Brasil, Alexandre Cabral, Joaquim de Carvalho, Augusto Casimiro, Fernanda de Castro, Natália Correia, Jaime Cortesão, Júlio Dantas, Mário Dionísio, Sant`Ana Dionísio, Assis Esperança, Vergílio Ferreira, M. Rodrigues Lapa., Ruben A., Óscar Lopes, Ilse Losa, Vitorino Nemésio, Joaquim Paço d`Arcos, João Sarmento Pimentel, Raul Proença, Álvaro Salema, António Sérgio, Alberto de Serpa e Erico Veríssimo, entre muitos outros.

Wednesday, September 19, 2007

3 Mestres



No dia em que os restos mortais de Aquilino são trasladados para o Panteão Nacional.

Castro e Aquilino, apesar de gerações diferentes, partilharam um percurso comum, cheio de cumplicidades, de que muito se falará aqui espero eu. Para já diga-se, apenas, que eles foram os dois escritores que pontificaram em 30 anos na vida cultural portuguesa, entre as décadas de 30 e 50. E apesar das diferenças, a começar pela idade, ainda hoje há muitos leitores que naturalmernte juntam este par quando a sua época é evocada -- o que tem que ver, parece-me, com questões paralelas à literatura. Por agora fiquemos com esta fotografia de Ferreira de Castro, António Sérgio e Aquilino Ribeiro à porta da Livraria Bertrand no Chiado.


Fonte: Vida Mundial Ilustrada, Lisboa, Agosto de 1941.


Friday, August 10, 2007

Memória #3 - João Sarmento Pimentel


[ou Uma Galeria da Oposição em 19590]
António Sérgio, Cunha Leal, Mário de Azevedo Gomes, David Ferreira, Adão e Silva, Sant'Anna Dionísio, Rodrigues Lapa, Augusto Casimiro, Afonso Duarte, Joel Serrão, José Tagarro, Lobo Vilela, João da Silva, Hernâni Cidade, Nuno Simões, Aquilino Ribeiro, Manuel Mendes, Julião Quintinha, José Augusto França, Casais Monteiro, Ferreira de Castro, José Bacelar, Jorge de Sena e tantos outros dados às cousas da cultura e da inteligência, que a varredoura do Ferro não conseguira pescar, matinham o mesmo espírito lúcido, combativo, cheio de coerência e dignidade que lhes vinha dos tempos heróicos da República.
João Sarmento Pimentel, Memórias do Capitão, Porto, Editorial Inova, 1974, pp. 372-373.