Tuesday, April 27, 2010

Rocha Peixoto, OS PUCAREIROS DE OSSELA (1908)

Tempo houve -- e os vestígios perduram -- em que, influenciados pelas loiças beirãs provindas de S. Pedro do Sul (?) e de Molelos, alguns aperfeiçoamentos se acusaram no fabrico local. Variaram, melhoraram e criaram-se novas formas, incluindo as bilhas de segredo, bules e açucareiros. Adoptou-se em todo o vasilhame o brunido, conseguindo-o o oleiro com a fricção dum seixo na peça antes de ir ao fogo, à altura em que a consistência da pasta permitia a aplicação sem o perigo de a amolgar. E por fim multiplicaram-se as ornamentações incisas, geométricas ou florais, acentuadamente com o aspecto das de Molelos, e sempre, na recta ou na curva, em linhas interrompidas.
Rocha Peixoto, «Os pucareiros de Ossela», Etnografia Portuguesa, edição de Flávio Gonçalves, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1990, p. 316.

Sunday, April 25, 2010

100 Cartas a Ferreira de Castro (2)

[da «Apresentação»]
Ao seleccionarmos estas 100 Cartas a Ferreira de Castro, abrangendo um período de 50 anos, procurámos dar a conhecer, pela pena de amigos e confrades, vários momentos da vida literária e cívica do autor de A Selva.
100 Cartas a Ferreira de Castro, selscção, leitura, apresentação e notas de Ricardo António Alves, Sintra, Câmara Municipal / Museu Ferreira de Castro, 1992, p. 5.

Castro para os mais novos

Matos Barbosa, O José Foi à Escola
Oliveira de Azeméis, Câmara Municipal, 1999

Sunday, April 18, 2010

à nossa!

uma foto do Ruela, do que se espera venha a ser um grande vinho

Formosa e Segura: Andanças de Leonor em «Servidão», de Assis Esperança (1)

«Vocês, romancistas de preocupações sociais, estão prestando um serviço imenso a esta pobre gente: revelar-lhe a própria miséria e ensiná-la a detestá-la, por impulso de dignidade humana.»
Fidelino de Figueiredo (1)
Quase quarenta anos após a juvenil estreia literária, em 1907, com um soneto, no número 14 da revista Azulejos, em que colaboraram Guerra Junqueiro e Mário de Sá-Carneiro, entre outros (2) , António Assis Esperança (Faro, 1892 -- Lisboa, 1975) viria a público com um dos seus principais livros: Servidão, editado pela Guimarães & C.ª, Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de 1946.
(1) Carta a Ferreira de Castro, a propósito de A Lã e a Neve e Servidão, Lisboa, 5 de Abril de 1947, in Ricardo António Alves (edição), 100 Cartas a Ferreira de Castro, Sintra, Câmara Municipal e Instituto Português de Museus, 2007, 2.ª edição, p. 111.
(2) Cfr. Eugénio Lisboa (coordenação), Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol. III, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1994, pp. 439-440; Daniel Pires, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1900-1940), Lisboa, Grifo, 1996, pp. 83-84.
Nova Síntese #4, Lisboa, Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e Edições Colibri, 2009, p. 37.

Saturday, April 17, 2010

Vai um Manuel da Bouça?

A última obra do Carlos Alberto Castro, com a arte de Albano Ruela, a provar a partir de Domingo. (Ver mais).