Wednesday, January 30, 2008

Ferreira de Castro e o seu tempo - O ano de 1901 (#1)

Castro - Nasce a irmã Ludovina da Conceição (8/IV)

Texto - Raul Brandão, O Padre; Carlos Malheiro Dias, Os Teles de Albergaria; Eça de Queirós, A Cidade e as Serras (póstumo). Castro sobre Raul Brandão - Raul Brandão tem uma quantidade ínfima de leitores: -- tão diminuta quão muitos sentidos são necessários a compreender-se um grande. «Raul Brandão», Mas..., Lisboa, Edição do Autor, 1921, p. 32.






Confronto - Thomas Mann, Os Buddenbrook.












Contexto - João Franco cria o Partido Regenerador Liberal. Castro sobre João Franco (e D. Carlos I) - Peçam-nos que esqueçamos as injúrias, as perseguições, os desvarios e os despotismos daqueles dois personagens trágicos, fatais, na vida portuguesa, e nós encontraremos na alma bastante valor para esquecer, para olvidar... «Lograr a posteridade»[1924], Ecos da Semana -- A Arte, a Vida e a Sociedade, edição de Luís Garcia e Silva, Lisboa, Centro de Estudos Libertários / A Batalha, 2004, p. 9.
Pintura de 1901 - Gauguin, E o Ouro dos Seus Corpos. Castro sobre Gauguin - Tudo na sua vida e na sua obra parece teimar em demonstrar-nos que um homem, desde que abastado de virtualidades como ele era, pode chegar a grande pintor apenas porque deseja sê-lo. As Maravilhas Artísticas do Mundo [1959-1963], vol. III, Lisboa, Guimarães Editores, 1971, p. 301.

Museu d'Orsay, Paris

Música de 1901 - Rachmaninov, Concerto #2 para piano.




Rachmaninov toca o 2.º andamento, acompanhado pela Orquestra Sinfónica de Filadélfia, dirigida por Leopold Stokowski (1929)


Escritores de 1901 - Nascem José Régio (Vila do Conde, morre em 1969, na mesma cidade), Vitorino Nemésio (Praia da Vitória, morre em Lisboa, 1978); morrem Amorim Viana em Lisboa (n. Lisboa, 1822); Tomás Ribeiro em Carnaxide (?) (n. Parada de Gonta, 1831). Castro evoca Tomás Ribeiro - «À sombra de velhas árvores de Parada de Gonta, que ainda viram Tomás Ribeiro compor alguns dos versos do seu "D. Jaime", concluí "O Intervalo" em 3 de Setembro de 1936, já havia então guerra civil em Espanha.» «Origem de "O Intervalo"», Os Fragmentos, 2.ª edição, Lisboa, Guimarães & C.ª [1974], pp. 76-77.







Ecos de 1901 - Domício da Gama a Emília de Castro Eça de Queirós (Londres, 5/III) - Não é bom dar balanço aos minutos felizes e às horas amargas: ninguém resiste à depressão que trazem consigo esses momentos retrospectivos. Há gente que desejaria reviver a vida: são os sadios, os que ficaram de todo curados das suas grandes penas, tanto que a memória delas os não aflige. In Beatriz Berrini, Brasil e Portugal: A Geração de 70, Porto, Campo das Letras, 2003, p. 111.






Prémio Nobel da Literatura - Sully Prudhomme

Friday, January 18, 2008

Ferreira de Castro e o seu tempo - O ano de 1900 (#1 )

Castro -

Texto - Carlos Malheiro Dias, Filho das Ervas; Abel Botelho, Sem Remédio; Eça de Queirós, A Ilustre Casa de Ramires e A Correspondência de Fradique Mendes (póstumos).
Castro sobre Malheiro Dias - Malheiro Dias foi, durante alguns anos, um escritor muito apreciável, que pôde fazer, à margem da sua obra política, uma obra literária de grande brilho. / [...] /Mas com o tempo Malheiro Dias embotou-se, cristalizou. E a sua obra original foi preterida por uma obra coordenativa: «A História da Colonização Portuguesa no Brasil». «Exortação à mocidade...», A Batalha -- Suplemento Semanal Ilustrado, n.º 67, Lisboa, 9/3/1925, in Ferreira de Castro, Ecos da Semana -- A Arte, a Vida e a Sociedade, edição de Luís Garcia e Silva, Lisboa, Centro de Estudos Libertários /Cadernos d'A Batalha, 2004, p. 30.
Caricatura de Arnaldo Ressano




Confronto - Anton Tchékhov, O Tio Vânia; Joseph Conrad, Lord Jim; Octave Mirbeau, Diário de uma Criada de Quarto.
Castro sobre Tchékhov - El tio Wania. -- Duas surpreendentes comédias teatrais do grande Anton Chekov, reunidas num só volume. Na primeira -- «El tio Wania» -- a velha rússia burguesa; na segunda -- «Las tres hermanas» -- um poema de melancolia, de íntimo e inefável encanto. Assinado pelos «Repórteres Associados» na rubrica «As artes e as letras -- Notícias, críticas e indiscrições», Civilização, n.º 19, Porto, Janeiro de 1930, p. 95.



Contexto - Censo da população portuguesa: 5.016.267



Pintura de 1900 - Henri Matisse, Nu Masculino: «O Escravo»


Castro sobre Matisse: Mais do que os problemas da perspectiva e do espaço, mais do que a realidade dos seres e das coisas, ele buscava o seu significado através duma incansável renovação das formas e dum grande talento de colorista. Cada um dos seus quadros correspondia, de certa maneira, a um constante criacionismo intelectual e pictural, que lhe veio do seu período «fauviste.» As Maravilhas Artísticas do Mundo, vol. III, Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1963, p. 1036.






MoMA, Nova Iorque

Música de 1900 - Gustav Mahler, sinfonia #4




4.º andamento Orquestra Nacional da Rádio Polaca, Lynda Russell, soprano.

Poesia de 1900 -

AS ALGAS

No revoltoso Mar vogam, à superfície,
seguindo a ondulação inconstante das vagas
que se vão desfazer numa branca planície,
algas dum verde-escuro, algas de formas vagas.


Vão, sem destino, errando ao sabor da corrente.
Eu cuido que uma força, ignorada e imutável,
as conduz para um porto, ou negro ou resplendente
onde vão descansar num sossego infindável.



Assim também no mundo, errantes e sem guia,
entre o choro e o riso, entre a vida e agonia,
demandando, vãmente, o porto que procuro,

eu vejo flutuar meus versos de criança,
tendo, a enchê-los de vida, a cor verde da esperança
a que a tristeza dá um tom brunido e escuro.



João de Barros, Algas, Coimbra, França Amado Editor, 1900.



Castro a propósito de João de Barros - João de Barros nasceu à beira-mar, numa praia vasta e loira como uma seara da Argentina -- a sua amada Figueira da Foz. As primeiras vozes que seus ouvidos receberam eram do grande revoltado, que ora sussurrava velhas, ignoradas dores, ora estrondeava longas e tremendas cóleras, que enchiam a noite de mistério e pavor. Era uma energia permanente, desafiando os tempos incontáveis, as ameaças do Céu e da Terra, resistindo tanto às imprecações dos homens fortes como aos tímidos rogos dos fracos. Mesmo quando se calava, mesmo quando adormecia e uma brisa suave, respiração de sono calmo, anunciava a trégua, a sua presença fazia-se sentir como uma força indomável, sobre cujo breve repouso ninguém poderia tecer dúvidas, força que, dum momento para o outro, se altearia de novo -- a maior, a mais prodigiosa força de todo o Planeta. Prefácio a Anteu / Sísifo -- Poemas Dramáticos, Lisboa, Livros do Brasil, 1960, pp. 11-12.


Escritores de 1900 - José Bacelar (Lisboa; m. Lisboa, 1964); Antoine de Saint-Exupéry (m. 1944). Morrem em 1900 Eça de Queirós (a 16 de Agosto, em Paris; n. Póvoa de Varzim, 1845); Friedrich Nietzsche (a 25 de Agosto).





Castro sobre Eça de Queirós - [...] Eça de Queirós, como todos os grandes espíritos, foi, exactamente por sua grandeza, prejudicial às gerações que lhe sucederam. Porque... Do seu túmulo, ele, como se predicasse de sobre uma tribuna de mármore, continua a manter discípulos: -- a dispensar poderosas influências: -- a impor a sua forma e os seus «processos» a uma geração que sem essa tutela sepulcral ter-se-ia encontrado a si própria. «Livros novos», A Palavra, Lisboa, 17/VIII/1922, p. 4. [...] Eça de Queiroz não era um escritor de alma popular; ele parecia um aristocrata vingando-se dos seus pares. Mas um aristocrata que trazia as censuras dos intelectuais do povo a uma sociedade hipócrita, injusta e corrupta. «Eça de Queiroz é um escritor universal?» [...], Livro do Cinquentenário de Eça de Queiroz, edição de Lúcia Miguel Pereira e Câmara Reys, Lisboa e Rio de Janeiro, Dois Mundos, 1945.



Castro sobre Nietzsche - Nietzsche compreendido é Nietzsche insultado. «Raul Brandão», Mas..., Lisboa, Edição do Autor, 1921, p. 32.
[No ano em que Hitler rearma a Alemanha e no preciso dia (15 de Setembro) da aprovação das Leis de Nuremberga, sobre a "pureza de sangue" ariano, Castro refere-se à filiação do pensamento do fhürer no do autor de Para Além do Bem e do Mal]:
[...] aquele homem que saiu dos livros de Nietzsche, trazendo no cérebro lugares comuns ideológicos e, na boca, uma torrente de verbalismos, encontra, a facilitar-lhe o êxito individual, uma Europa que, na sua maior parte, quer viver tranquila e, para alcançar esse objectivo, se resigna, se humilha mesmo perante as mangações de toda a ordem a que a submetem. «Prestígio individual», O Diabo, n.º 64, Lisboa, 15/IX/1935, p. 1.
[...] eu duvidava confrangidamente de conseguir realizar as ambições literárias que trouxera. E então do mar das tormentas físicas e psíquicas partiu uma onda de pessimismo e de mortificado ensimesmamento, uma vaga sobre cujo dorso pregavam Schopenhauer e Nietzsche, amparos de quem nessa época se tinha por incompreendido [...]. «Pequena história de "Emigrantes"» [1966], Castriana, n.º 3, Ossela, Centro de Estudos Ferreira de Castro, 2007, p. 18.

Ecos de Nietzsche no jovem Ferreira de Castro - [...] Sob o hábito dum presidiário pulsa sempre o coração dum herói. [...] / E todo o preso que não for isso desonra a prisão: --É um pequeno carneiro que o rebanho na barafunda de encarcerar o pastor encarcerou-o também. Por equívoco, é lógico. Tirem-no, pois. Ele é do rebanho. É indigno de estar na prisão. Emporcalha-a. [...] «Mas... a prisão é uma coroação», Mas..., Lisboa, edição do Autor, 1921, pp. 7-8. [...] Eu nunca trouxe ao povoado a minha alma. Eu só desço ao povoado a buscar o meu quinhão. Jamais... Ninguém se pode vangloriar que se tivesse debruçado sobre a ânfora de renúncia onde encerrei todas as aspirações de minh'alma solitária. Os vermes só conhecem do lobo aquelas necessidades que ele satisfaz em comum: -- para viver: -- E servindo-se da mesma matéria que eles se servem. Não consta que na feira do povoado algum dia aparecesse exposta a alma dum lobo. / Eu não venho, pois, estabelecer-me no povoado. Transijo em comunicar com o povoado. [...] «"Os novos" -- conceitos de Zaratustra», A Hora, n.º 1, Lisboa, 12/III/1922.
Ecos de 1900 - Fialho de Almeida a Manuel Ribeiro (Cuba, 23/IV): A literatura e a arte são egoístas terríveis: e ou lhes damos a vida, ou lhe[s] passamos ao pé sem pensar mais nelas.» in Andrée Rocha, A Epistolografia em Portugal, 2.ª edição, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985, p. 332.

Castro sobre Fialho (a propósito da crítica) - Em Portugal, como na Grécia, há a ideia de que a crítica deve ser de «porrete à esquina», género Brás Burity. Homens tão dotados como Fialho de Almeida deixaram-nos algumas lamentáveis amostras desse género. O crítico passa a ser uma espécie de arauto de todos os despeitos, incluindo, às vezes, o dele próprio, como no caso do Fialho com o Eça, e o criticado apenas um pretexto para o crítico se salientar. Isto, evidentemente, já não é consequência da pequenês, mas sim da atmosfera moral dum país. «Uma entrevista com Ferreira de Castro -- O escritor portugês contemporâneo de maior projecção universal», Ler, n.º 1, Lisboa, Abril de 1952.
actualizado em 19,22/I/2008

Wednesday, January 16, 2008

uma capa de Stuart

Emigrantes, 3.ª edição
Livraria Editora Guimarães, Lisboa [1932]
(1.ª edição na Guimarães Editores)
Rectificado em 21/I/2008

Wednesday, January 09, 2008

Ferreira de Castro e o seu tempo - O ano de 1899 (#1)

CASTRO - Nasce a sua irmã Rita Cássia (2/X).


TEXTO - M. Teixeira-Gomes, Inventário de Junho
Relato duma conferência de Castro sobre Teixeira-Gomes, nos Rotários de Portimão, por C.M.: [...] / O grande enlevo que ficou ao orador dessa noite, ao tomar contacto com a leitura das «Cartas sem moral nenhuma», da «Gente singular», dos «Regressos» e com outras obras de Teixeira Gomes -- foi-nos comunicado com a fluência fácil, incisiva e plástica que Ferreira de Castro põe nos seus livros e transparecem também na sua palavra. E o elogio literário que rendeu àquele seu camarada nas Letras foi feito com a convicta admiração de quem sabe bem sopesar o mérito alheio, e medir a altura dos homens pela estatura própria... / [...] / Teixeira Gomes terminou volutariamente o seu mandato de Presidente, renunciando ao cargo. Não se entendia com os políticos e os políticos talvez o não pudessem entender a ele... / Exilou-se apagadamente para uma cidadezinha do Norte de África e aí, num modesto quarto de hotel, só com as suas recordações e alguns livros, foi rememorando uma grande parte da sua vida e escrevendo alguns dos deliciosos volumes que são o seu espólio literário [...] / Ferreira de Castro disse, quase ao terminar a sua conferência: «tenho a minha casa forrada de livros e de algumas lembranças. Não tenho um único móvel de preço! A única preciosidade que guardo com a melhor veneração é uma medalha* que me foi oferecida por Manuel Teixeira Gomes». M.C. «O grande escritor Ferreira de Castro evocou em Portimão o notável escritor Teixeira Gomes», Correio do Sul, n.º 2706, Faro, 21/V/1970.
* Trata-se de um lapso. Teixeira-Gomes ofereceu um magnífico fauno em bronze, 240mm de altura, exposto no Museu Ferreira de Castro.
CONFRONTO - Octave Mirbeau, O Jardim dos Suplícios
Castro sobre Mirbeau - Deitado no divan de forro tocando uns longes de japonismo, fofo e exótico, pousando sobre o peito o livro histérico de Mirbeau «Jardim dos Suplícios», Afrânio debruou a dor que lhe alagava as pupilas num reflexo de Dor mais entranhada, sorrindo [...]. Mas..., edição do Autor, Lisboa, 1921, p. 77. [...] esse condor altivo que foi Mirbeau [...]. «A situação dos literatos em Portugal», A Batalha -- Suplemento Literário, n.º 2, Lisboa, 10-XII-1923, p. 3.



CONTEXTO - Recondenação de Alfred Dreyfus.
PINTURA DE 1899 - Claude Monet, A Ponte dos Nenúfares.
Castro sobre Monet e a «série dos nenúfares» - Nos últimos anos da sua esticada vida [...], Monet dedicou-se principalmente ao estudo dos efeitos que a luz produzia, alterando constantemente as cores, sobre a água duma lagoa onde vibravam miríades de reflexos. Ali ele cultivava nenúfares brancos, que imortalizaria em «As ninfeias», a sua famosa série de telas. Alguns desses trabalhos, de enormes superfícies, forram hoje as paredes duma sala, vagamente iluminada, um pouco como se fosse de sonho, no Museu de Orangerie, em Paris. E nesse ambiente de cripta, tão misterioso e suspenso que os próprios visitantes se sentem impelidos a falar por murmúrios, toda uma estrofe de cor e de luz, que os pincéis do artista escreveram e onde a figuração é quase nada, se vai declamando a ela própria, lenta e silenciosamente. Cerebral, sempre estudioso e insatisfeito, Monet batalharia até á morte por uma originalidade cada vez maior do seu estilo e com «As ninfeias», que são realidades subjacentes, se antecederia, de certa maneira, à pintura abstracta. As Maravilhas Artísticas do Mundo [1959-63], vol. III, s. ed., Lisboa, Guimarães & C.ª, 1971, p. 297.

MoMA, Nova Iorque

MÚSICA DE 1899 - Debussy, Nocturnos
Castro refere-se a Debussy (e a Fídias, Fra Angelico e Rodin) - «Não é ao cinzel de Fídias ou de Rodin, não é a Debussy nem a Fra Angelico que a humanidade deve o desbravamento da selva do Passado, para a abertura de novas sendas -- de sendas que a conduzam a uma maior perfeição. / É na árvore de natal da Literatura que sucessivamente se têm enforcado os fantoches do Preconceito -- os Dogmas e os Vetos da humanidade de outrora -- Muitas vezes a simples cançoneta dum poeta anónimo bastou para aluir a solidez dum trono. «A situação dos literatos em Portugal», A Batalha - Suplemento Literário, Lisboa, 10/XII/1923, p. 3.



3.º quadro, «Sereias». Orquestra Sinfónica de Filadélfia, dirigida por Leopold Stokowski, 1943.

ESCRITORES DE 1899 - António Aleixo, em18/II , Vila Real de Santo António (m. Loulé, 1949). Vladimir Nabokov, 22/IV (m. 1977).

ECOS DE 1899 - Forest par Chaumes, 26/IX
Eça de Queirós a Domício da Gama - Também eu senti grande tristeza com a indecente recondenação do Dreyfus. Sobretudo, talvez, porque com ela morreram os últimos restos, ainda teimosos, do meu velho amor latino pela França. Correspondência, vol. II, edição de Guilherme de Castilho, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, pp. 520-521.

Castro sobre Eça de Queirós - V. abre o Eça, abre o Machado de Assis e não encontra a paridade estilográfica de que os acusaram mas V. abre dois séculos à re[c]taguarda a Voltaire («Cândido o o[p]timista», por exemplo) e nele verá já a Eça de Queirós, -- quer, por vezes, no estilo, -- quer na criação das personagens. Pangloss sobrevive em quase todos os livros de Eça. E eu estou convencido que o Eça não teve influências de Voltaire. «Carta de Ferreira de Castro a José Dias Sancho», Correio do Sul, n.º 150, Faro, 17/XII/1922.

Actualizações: 10,11,12,13,22/I/2008

Autor do mês

Ferreira de Castro, autor do mês em Oliveira de Azeméis e no Redondo.

Saturday, January 05, 2008

Castriana 3

Castriana -- Estudos sobre Ferreira de Castro e a sua Geração

Sumário do n.º 3:

Arquivo -- Ferreira de Castro: «Pequena história de "Emigrantes"»

José Alonso Tôrres Freire: «Uma voz dissidente em O Instinto Supremo»

Inédito: Carta de Ferreira de Castro a Orlando da Costa

Memória: Orlando da Costa. «Ao correr da pena... -- momentos soltos numa relação fraterna entre gerações: Ferreira de Castro e eu, ou, antes, eu e Ferreira de Castro?

Bernard Emery: «Do mito amazónico à reinvenção do luso-tropicalismo: o caso de José Maria Ferreira de Castro»

Leituras: recensões de Ricardo António Alves, Sérgio Duarte, Silas Granjo e Luís Garcia e Silva

Extratexto de Elena Muriel: Estrada antes do pontão nos Salgueiros, óleo s/tela, 1940


edição do Centro de Estudos Ferreira de Castro, Ossela