Sunday, August 27, 2006

Saturday, August 26, 2006

Thursday, August 17, 2006

Legenda de «Carne Faminta»

«Se as aguias do pensamento não devoraram ainda o teu imundo coração, não te debruces sobre o enigma cruel destas paginas.»

Uma capa de Roberto Nobre

Carne Faminta
A Hora Novelesca, n.º 1,
Lisboa, Outubro de 1922

Friday, August 11, 2006


Obrigado
ao Riobaldo & Diadorim
pelo link.

Uma epígrafe de «A Selva» (Tavares Bastos)

A sensação de profunda melancolia que se apodera do espírito, nos adverte de que estamos dentro das mais densas solidões do Mundo. No Alto Amazonas, principalmente, domina esse amargo sentimento que obriga a alma a dobrar-se sobre si mesma.

Vale do Amazonas

Tuesday, August 08, 2006

Ferreira de Castro em Sines

Iniciativas em torno de "A Selva", de Ferreira de Castro .Apresentação do livro, exposição, sessão de cinema.CAS Agosto Para todosExposição "À Superfície do Tempo - Viagem à Amazónia"De 8 de Agosto a 8 de SetembroExposição produzida pelo CPF (Centro Português de Fotografia) com 53 fotografias (70x70 cm), de autoria de Duarte Belo, feitas em 2000, por ocasião das comemorações do quinto centenário da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Nestas fotografias o autor refaz, com a sua câmara, o itinerário vivido pelo escritor Ferreira de Castro, descrito em 1903 na sua obra A Selva
Ministério da Cultura / Centro de Português de FotografiaLivros em cima da mesa: "A Selva", de Ferreira de Castro11 de Agosto, 21h30
«... o clarão perdia terreno: já se via o bananal, apagavam-se, ao longe, os contornos da selva, o rio fundira-se na noite e os troncos cinzentos das três palmeiras começavam a vestir-se de luto. Quando chegasse a manhã, derramando da sua inesgotável cornucópia a luz dos trópicos, haveria ali apenas um montão de cinzas que o vento, em breve, dispersaria....»Apresentação do livro por Ricardo António Alves (Director da Casa Museu Ferreira de Castro de Sintra)Projecção do filme "A Selva", de Leonel Vieira9 e 16 de Agosto, 16h30
"A Selva" conta a história de Alberto, um jovem monárquico português refugiado no Brasil que vai trabalhar para a selva amazónica durante a febre do ouro negro. Ali, rodeado de perigos míticos, molda o seu carácter e conhece Dona Yá-Yá com quem mais tarde se vai envolver. Diogo Morgado e Maîte Proença dão corpo e alma aos protagonistas desta obra marcante da literatura portuguesa.

Quicklinks: Contactos, Horários e Outras Informações Como Chegar a Sines e ao Centro Mapa do Site Site do Centro de Artes de Sines, um equipamento da Câmara Municipal de Sines. (c) Câmara Municipal de Sines 2006 .

[estão todos convidados]

Sunday, August 06, 2006

Testemunhos #1 - Edmundo de Bettencourt: Ferreira de Castro e o neo-realismo


Na importante entrevista dada a Brito Câmara, a propósito da«novíssima geração» (a do neo-realismo), em face da precedente (a da presença, cronologicamente a mesma de Ferreira de Castro):

-- Quem é que, em Portugal, antes do aparecimento da actual geração, você entende estar mais próximo dela?

-- Aos novos de agora, alguns mais velhos se anteciparam. Uns, anteriormente, à margem de qualquer grupo literário ou artístico, mas esclarecidos por uma experiência de luta e de cultura, figuram hoje decididamente a seu lado com produções bem representativas da nova corrente, como Armindo Rodrigues e José Gomes Ferreira. Outros, por afinidades de atitude e conteúdo de algumas obras ou só em virtude deste último elemento, poderão ser colocados entre eles. Tal é o caso de Ferreira de Castro, acerca do qual, a leitura dos seus melhores romances, claramente nos elucida a este respeito. [...]
João de Brito Câmara, O Modernismo em Portugal (Entrevista com Edmundo de Bettencourt), edição fac-similada [1944] com prefácio de António Pedro Pita, Coimbra, Minerva, 1996, pp. 61-62
fotografia em Fado de Coimbra e...
Com pano para mangas, esta observação de Bettencourt, que separa «atitude» de «conteúdo», ou seja -- e descodificando esquematicamente: o comprometimento político obrigatório do neo-realismo com a doutrina comunista e soviética (a atitude) e uma literatura que espelha também as lutas sociais -- e aqui está a afinidade de conteúdo de Castro com a «novíssima geração» --, porém com um outro enfoque, que é, em suma o enfoque anarquista do escritor libertário.