*Publicado em 1950, 26 anos depois de abolido o multipartidarismo, creio que terá sido algo insólito no tempo político portugês de então.
Thursday, December 13, 2012
incidentais #12 - da política, da responsabilidade pessoal e do envelhecimento, passando por Quevedo e Calvino
*Publicado em 1950, 26 anos depois de abolido o multipartidarismo, creio que terá sido algo insólito no tempo político portugês de então.
Saturday, July 18, 2009
outras palavras - Jaime Brasil, CARTA PARTICULAR (1950)
Muita saúde!
Recebi, há meses, uma carta, assinada por uma tal Maria Agustina, a enviar-me um livro. Respondi-lhe. Voltou a escrever-me, dizendo alguns dislates. Retorqui no tom conveniente. Trocámos, assim, uma dezena de cartas. A resposta à minha última não veio pela via habitual da correspondência privada. Veio pela via pública.* Por isso, de mistura com a poeira do caminho, trazia alguns salpicos de lama.
* Bessa Luís, Os Super-Homens e "Os Orelhas Compridas" -- A Propósito do Diálogo Bessa Luís -- Jaime Brasil, Porto, edição da Autora, 1950. Brasil responde a este folheto, que terá réplica de Bessa Luís, Dissecação a um ex-Crítico de Arte, Porto, edição da Autora, 1950.
Carta Particular (com Vistas à Opinião Pública) Dirigida por Jaime Brasil ao Autor das "Orelhas Compridas", Porto, edição do Autor, 1950, p. 5.
Sunday, June 14, 2009
A. Lopes de Oliveira, COMO TRABALHAM OS NOSSOS ESCRITORES (1950)
Thursday, February 05, 2009
testemunhos #3 - João de Barros

Assim o conheci vai para mais de três lustros, ao tempo do aparecimento da extraordinária «Eternidade», já tocado dos alvores da glória mundial que a publicação de «A Selva» lhe trouxera e que o acompanha hoje a toda a parte. E assim o vejo agora, modesto como sempre, apesar de traduzido nas mais diversas línguas do globo, festejado em todos os meios cultos, lido e relido por gentes da Europa, da América e da Ásia, honra e prestígio da literatura portuguesa, cujo renome tem levado às mais longínquas nações da Terra. O glorioso autor de «A Selva» continua sendo, acima de tudo, um «homem», na mais alta e mais pura expressão da palavra. Um homem sobranceiro à sua própria obra e, por conseguinte, apto a transcender-se, a superar-se sempre, qualidade característica e essencial dos verdadeiros criadores de Beleza e dos verdadeiros idealistas, que não duvidam do progresso moral e mental dos povos e a quem os povos, por isso mesmo, concedem sempre larga e afectuosa audiência. «A Lã e a Neve» e «Curva da Estrada» assim o comprovam de novo.
Sunday, January 04, 2009
correspondências - Norton de Matos a João de Barros

Quanto aos outros, em grande número, que a seguir evoca, guardo carinhosamente no coração Fialho d'Almeida. Convivi muito com ele antes de partir para a Índia, em 1898, fui um dos seus grandes amigos e tive por ele sempre grande admiração e profunda compaixão. Quando 10 anos depois voltei, achei-o outro homem.
Dos outros, que os seus livros chama com as suas evocações perante o meu espírito apenas dois são meus antigos conhecidos, Oliveira Martins e Teixeira Gomes, que considero dois grandes cabouqueiros da Construção da Pátria que sonhamos, o primeiro nos alicerces, o segundo na resplandecente cimalha que foi a nossa intervenção na I.ª Grande Guerra. O edifício ainda não ruiu e temos de continuar a aguentá-lo, meu amigo.
Dos novos apenas dei por dois -- Ferreira de Castro e Aquilino. Os outros nunca dei por eles, por certo, ou por incapacidade minha ou porque a preocupação com as minhas tarefas não me deixava ver fora do âmbito delas.
Cartas a João de Barros, edição de Manuela de Azevedo, Lisboa, s.d., p. 74
Wednesday, December 03, 2008
testemunhos #3 - João de Barros
