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Tuesday, June 16, 2015

B de Barros (para um dicionário de Ferreira de Castro)

Poeta, pedagogo, político -- foi ministro dos Negócios Estrangeiros na I República -- João de Barros (Figueira da Foz, 1881 - Lisboa, 1960), é um dos últimos grandes vates pré-modernistas portugueses, autor de uma poética vitalista e inconformada, muito ao arrepio da tradição nacional, fatalista e lamentosa. Como escritor, importa referir também a importante obra cronística e ainda -- muito ligado à sua faceta de pedagogo -- a adaptação de clássicos, «contados às crianças e ao povo»,  como Os Lusíadas, entre outros. Era pai de Henrique de Barros, agrónomo e professor universitário que presidiu à Assembleia Constituinte (1975-1976) e sogro de Marcelo Caetano.
A estreita amizade com Ferreira de Castro -- foi padrinho da filha deste, Elsa -- remonta à década de 1920. Barros foi dos poucos autores em relação ao qual Castro transigiu, escrevendo um prefácio para a edição reunida de Anteu  e Sísifo (1959). Há pelo menos três poemas que lhe são dedicados.

(a desenvolver)

Bibliografia: além da activa de ambos, as 100 Cartas a Ferreira de Castro, o apêndice na Correspondência entre Ferreira de Castro e Roberto Nobre sobre a propositura ao prémio Nobel, em 1951.

Monday, March 26, 2012

História e Memória: Uma leitura de Os Fragmentos (4)

Ferreira de Castro foi um triunfo da vontade. A sua vida, pelo muito que teve de inverosímil -- uma criança desterrada para a selva amazónica que em adulto se elevou à condição de um dos primeiros romancistas do seu país, reconhecido além-fronteiras até ao limiar do Prémio Nobel da Literatura (2) -- teria sido susceptível de ser contada por ele próprio.
Tal não sucedeu. Ou, melhor, sucedeu parcial e fragmentariamente ao longo so seu percurso de escritor.

(2) Proposto em 1951 e 1968, a segunda conjuntamente com Jorge Amado.


Língua e Cultura II Série, #7/8, Lisboa, Sociedade da Língua Portuguesa, 1998.

Friday, December 18, 2009

castrianas #25 - Mário Dionísio

Do que Ferreira de Castro dá provas com a publicação de A Curva da Estrada não é apenas da sua possibilidade de escrever um grande romance ou da sua fidelidade aos assuntos que profundamente interessam o destino do homem dos nossos dias, mas de uma capacidade de renovação que é, em grande parte, a condição própria do escritor. Pode-se dizer que um escritor começa a sua obra quando encontra um estilo próprio de revelar a sua visão do mundo. Mas, na verdade, ele só consegue a realização completa quando chega a saber desdobrar esse estilo próprio nos mil aspectos que a concretização de tal visão implica. Há talvez um equívoco irremediável naqueles que encontraram um dia um modo determinado, e logo cristalizado, de planear o romance, de dividi-lo em capítulos, de abri-lo, de desenvolvê-lo, de fechá-lo, e passam o resto dos seus dias a remoê-lo partindo de assuntos diferentes -- de pretextos diferentes. A admiração por um escritor, o entusiasmo por um escritor, e, portanto, a vida e a existência de um escritor, provêm em grande parte desse íntimo movimento de surpresa que ele sabe despertar no público e que não é mais no fundo, que a novidade que cada seu novo assunto exige.

Mário Dionísio, «A CURVA DA ESTRADA -- Romance por Ferreira de Castro. Edição de Guimarães & C.ª, Lisboa, 1950», Vértice, n.º 89, Coimbra, Janeiro de 1951, pp. 454-457.

Saturday, November 01, 2008

Inquérito, 1951

Porque gosta da sua mulher? Inquérito da revista Eva, em 1951.
No Dias que Voam.
Um abraço, T.