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Thursday, September 03, 2015

F de «Família» (para um Dicionário de Ferreira de Castro)

1. família de origem. Primogénito de José Estáquio e Maria Rosa Soares de Castro. Órfão de pai (sobre quem nunca escreveu uma linha que se conheça) aos seis anos. Desse casamento resultaram quatro filhos, sendo o futuro escritor o mais velho. Após a viuvez, a mãe teve mais descendência, não tendo sido, por enquanto, apurada a sua paternidade. «Asfixia» é a palavra que Castro usa para caracterizar a vivência familiar que lhe coube, invocando-a, em consequência dos métodos repressivos da mãe, que o humilhavam, como uma das causas da sua partida para o Brasil. Referências muito breves a uma avó, entre outros. Após o regresso, a relação com a mãe caracteriza-se por uma preocupação com o seu bem-estar, embora com alguma distância.

2. famílias que constituiu. vive, em união de facto, com Diana de Liz, entre 1927 e 1930, data da morte desta, não havendo descendência. Casa--se, em 1938, em Paris, com Elena Muriel, jovem pintora espanhola, mãe da única filha de ambos, Elsa, sem descendência.

3. "família espiritual". O termo é seu, referindo-se à comunidade de escritores, num inquéiro sobre Direito de Autor.

(adenda) 4. a representação da família na obra ficcional.

(a desenvolver)

Thursday, May 25, 2006

O ano de 1898 (1)

A 24 de Maio de 1898, no lugar dos Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis e distrito de Aveiro, nasce José Maria Ferreira de Castro, primeiro filho de José Eustáquio Ferreira de Castro e Maria Rosa Soares de Castro, camponeses.
«Para mim, a aldeia em que nasci não é apenas a infância que nela me decorreu, incompreendida e triste, é também a poesia que já então lhe captava, a poesia que ela tinha, mais tarde inflamada por aquela de que eu mesmo a impregnei. Poesia que tantas vezes me tira a lembrança dos dias infantis, para recordar apenas o encanto da Natureza, que eu não consegui evocar, lá longe, nas ardentes paragens do exílio, sem fervor e sem desespero.»
«A aldeia nativa», Os Fragmentos, 2.ª ed., Lisboa, Guimarães & C.ª [1974], p. 46.