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Friday, September 11, 2015

Mário Cláudio: memória de Ferreira de Castro

Uma crónica  no Diário de Notícias.



 Uma breve observação: a referência ao suicídio e ao internamento no Hospital da CUF. Castro esteve internado, com uma grave crise hepática, sujeitando-se a três intervenções por uma equipa coordenada por Pulido Valente, em 1953. Se o escritor pensou nessa encarou a possibiliodade de suicidar-se, é até hoje um facto desconhecido. Uma vez que já passaram mais de quarenta anos sobre estas recordações de Mário Cláudio, talvez haja alguma confusão, uma vez que quando o autor de A Selva padeceu duma grave septicemia, em 1931, aí sim, está documentada uma pulsão suicidária (estamos poucos meses depois da morta da companheira, Diana de Lis, perda que sempre o atormentou), numa nota de suicídio que pude revelar em apêndice à correspondência com Roberto Nobre, publicada em 1994.

Thursday, September 03, 2015

F de «Família» (para um Dicionário de Ferreira de Castro)

1. família de origem. Primogénito de José Estáquio e Maria Rosa Soares de Castro. Órfão de pai (sobre quem nunca escreveu uma linha que se conheça) aos seis anos. Desse casamento resultaram quatro filhos, sendo o futuro escritor o mais velho. Após a viuvez, a mãe teve mais descendência, não tendo sido, por enquanto, apurada a sua paternidade. «Asfixia» é a palavra que Castro usa para caracterizar a vivência familiar que lhe coube, invocando-a, em consequência dos métodos repressivos da mãe, que o humilhavam, como uma das causas da sua partida para o Brasil. Referências muito breves a uma avó, entre outros. Após o regresso, a relação com a mãe caracteriza-se por uma preocupação com o seu bem-estar, embora com alguma distância.

2. famílias que constituiu. vive, em união de facto, com Diana de Liz, entre 1927 e 1930, data da morte desta, não havendo descendência. Casa--se, em 1938, em Paris, com Elena Muriel, jovem pintora espanhola, mãe da única filha de ambos, Elsa, sem descendência.

3. "família espiritual". O termo é seu, referindo-se à comunidade de escritores, num inquéiro sobre Direito de Autor.

(adenda) 4. a representação da família na obra ficcional.

(a desenvolver)

Sunday, March 30, 2014

onde se fala de Diana de Liz

e da dilaceração de Ferreira de Castro, magnificamente, aqui.

Friday, December 27, 2013

Elena Muriel (1913-2013)

Cumprem-se 100 anos sobre o nascimento de Elena Muriel Ferreira de Castro. Republico o que escrevi no Abencerragem, por ocasião do seu falecimento, em 21 de Janeiro de 2007.

[...] Foi das mulheres mais bonitas que conheci. Viúva de Ferreira de Castro, conhecera-o há 70 anos, no Estoril, ela com a sua família refugiando-se em 1936 da borrasca que se anunciava no país vizinho que era o seu; ele refugiado do tumulto do Chiado dos cafés e da conversa fiada, numa pequena casa que arrendara para escrever.
O seu encontro deu-se no atelier de Guilherme Filipe, nas Arcadas do Parque. O pintor desafiara Castro a posar para a jovem pintora espanhola, e este acedeu de imediato, fascinado pela beleza e frescura daquela jovem encantadora.
Ela tinha 23 anos e era filha-família; ele, 38, e era escritor, um autor em plena explosão das suas capacidades efabulatórias: em 1928 reeinventara(-se) com Emigrantes, diferente de tudo quanto imprimira até então, e também de tudo o que o romance português até lá apresentara aos leitores; A Selva, de 1930, fora a poderosa confirmação da veia iniciada com o livro anterior: nunca se escrevera nada como aquilo sobre a Amazónia, e hoje persiste como uma das grandes narrativas em língua portuguesa;Eternidade (1933), uma interrogação à morte, motivada pelo falecimento da sua primeira companheira, Diana de Liz, com quem vivera entre 1927 e 1930; é um livro da insurgência do homem contra o seu destino finito, mas também de rejeição do atavismo social que originava o lumpen operário e camponês, livro libertário por excelência, devorado, como os anteriores e os seguintes, pelos jovens futuros neo-realistas; em 1934, Terra Fria, análise do microcosmo quase proto-medeival do Barroso, valeu-lhe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências.
Castro estava, pois, em grande: vivia dos seus livros e para os seus livros, que entretanto começavam a ser traduzidos. Não o suficiente, porém, para convencerem os pais de Elena a permitirem qualquer espécie de relacionamento, forçando-a a viajar para a Argentina, suficientemente longe de um artista, talvez boémio, que outro modo de vida não tinha.
Elena Muriel, contra tudo e todos, arrostou com a ira familiar, pais e irmã mais velha, e sozinha embarca para Paris, onde se encontra com Castro, aí casando em 1938. Os laços familiares só se reatam após o nascimento da filha de ambos, em 1945.
Juntos deram a volta ao mundo, em 1939. Ao contrário do que acima foi descrito, o percurso literário de Castro, que parecia ser luminoso, rapidamente se transformou num pesadelo, em face da Censura, irredutível quanto aos temas que ele desejara tratar. Um romance tendo a Revolta da Andaluzia (1931) como pano de fundo -- O Intervalo -- ficou na gaveta até 74; uma peça encomendada por Robles Monteiro para o Teatro Nacional, o problema da pena de morte como tema central, é censurada nas vésperas da representação; romances iniciados e que não passavam dos primeiros capítulos, por nem sequer valer a pena insisitir mais, ficaram na gaveta. Foi isto que levou Castro a escrever relatos de viagens. Elena acompanhou-o, e está muito presente na narrativa, e nas fotografias que fez, e nos motivos que pintou. A sua pintura de cromatismo suave, viveu largos anos na sombra do grande escritor; além disso, uma intoxicação provocada pelas tintas obrigou-a a suspender por um longo período o trabalho artístico, que retomará, episodicamente, já após a morte do seu marido, e ainda em homenagem a este, como podemos ver no Museu Ferreira de Castro, em Sintra, e na Biblioteca de Ossela (Oliveira de Azeméis).
Bati-lhe à porta em 199o/91. Preparava o meu primeiro trabalho de algum fôlego sobre ele. Nunca me esquecerei de quanto isso era importante para ela, apesar de uma injusta noção de segundo plano em que muitos a tiveram na vida do escritor. É certo que Diana de Liz foi uma intensíssima e breve relação de três anos, terminada tragicamente, deixando Ferreira de Castro à beira da loucura e do suicídio; mas os quase 40 anos de vida em comum que José Maria e Elena partilharam, tiveram esse grande horizonte da madurez do romancista pleno de  e a Neve, A Curva da EstradaA MissãoO Instinto Supremo, do artista de referência na difícil oposição ao salazarismo, na consagração nacional e internacional da sua obra, e no súbito apagamento mediático que se dá com a sua morte, dois meses após o 25 de Abril. Ela que se habituara com ele às luzes da ribalta, faria o resto de caminho como que perplexa por esse desinteresse. Desinteresse que é só aparente e mediático -- por isso, superficial --, provam-no as reedições sucessivas, os filmes, os colóquios, as «obras completas» que do Círculo de Leitores à Planeta Agostini o foram pedestalizando. Mas Castro era já um autor póstumo, en fase de reavaliação e redescoberta; e foi com essa posteridade, umas vezes demasiado distraída, outras analítica porventura em excesso, que ela teve de viver os últimos trinta anos da sua vida, como se ela própria vivesse um tempo que já não era o seu.
De Elena Muriel, guardo o sorriso de uma senhora de idade, a quem, a certa altura, a vida correspondera e gratificara pela beleza que emprestara a quem a via; e guardo a certeza do grande amor pelo seu marido e pela obra que nos legou. Nunca a esquecerei.

Saturday, April 13, 2013

Ferreira de Castro e a II República Espanhola (2)

O jornalismo é uma actividade que Ferreira de Castro inicia ainda no Brasil, para onde emigrara muito jovem, em 1911, com doze anos e meio. Quando regressa, em 1919, retoma-a com grandes dificuldades, uma vez que era totalmente desconhecido no meio. A imprensa foi para ele a «profisão socorro» (2) que lhe permitiu dedicar-se à sua vocação literária. Até 1927. ele é um free lancer, escrevendo abundantemente para jornais do continente, ilhas e colónias, como meio de subsistência. Nesse ano -- que coincide com uma nova etapa da sua vida pessoal, o encontro copm Diana de Liz, e também com o encerramento de A Batalha,após o golpe do 28 de maio --, o jovem escritor entra para os quadros de O Século, onde permanecerá até 1934, abandonando então a vida dos jornais como profissional, saturado pelos constrangimentos impostos pela Censura do Estado novo. 

(2) Ferreira de Castro, «Origem de "O Intervalo"», Os Fragmentos, 2.ª ed., Lisboa, Guimarães & C.ª [1974}, p. 65.

in Círculo Joaquina Dorado e Liberto Sarrau -- 3.º Ciclo, Lisboa, Centro de Estudos Libertários, 2007.

Monday, December 24, 2012

incidentais #14 -- da Revolução e do Amor ao Estilo, passando por uma abelha moribunda

do cap. I

*o incipit: «Manhã alta, toda vestida de azul, com olhos brancos que o mar tecia e esfarrapava ao sabor da ondulação, a sombra escortinada na linha do horizonte ia crescendo e definindo-se em caprichoso recorte.»

* Diz-se que Eternidade encerra o ciclo de romances autobiográficos iniciado cinco anos antes, com Emigrantes; mas creio que só neste se poderá considerar o protagonista, Juvenal Gonçalves, como alter ego do autor, o que de modo nenhum sucede com o rústico Manuel da Bouça de Emigrantes, nem com o jovem universitário monárquico de A Selva, Alberto. Em Eternidade, autor e personagem têm a mesma idade, ambos acabam de sofrer a perda dolorosíssima da respectiva companheira (Diana de Liz, 1892-1930), os dois (como se verá com o desenrolar da narrativa) os mesmo ideais libertários. Diferem na formação académica, Castro, autodidacta; Juvenal, engenheiro silvicultor -- não por acaso engenheiro; não por acaso silvicultor. Se o engenheiro opera sobre a Natureza, transformando-a, desejavelmente, ao serviço do Homem, o silvicultor ama-a e respeita-a, o que foi sempre uma marca libertária castriana: a transformação, se quisermos a Revolução, guiada pelo Amor aos homens e aos seres vivos, naturais e vegetais, sem o qual Amor, não passarão de números, massa, entes desprovidos de individualidade e, por consequência, de dignidade.

* Livro que trata da morte, da perda, do sentido da vida, um primeiro episódio -- ainda Juvenal acorre à amurada, antes de acostar no porto do Funchal, e que dá a medida da debilidade seu estado psicológico -- em torno de uma abelha, frágil ser vivente, é das passagens mais impressivas que Ferreira de Castro escreveu.

* Também aqui brilha o estilo de Ferreira de Castro, a sua enorme capacidade descritiva, de que A Selva é o melhor exemplo. No início de Eternidade do Funchal, o casario que nos vamos aproximando é dotado de vida própria, como se possuísse um desígnio, como se fosse dotado de vontade: «E o casario, branco, risonho, aumentava sempre. Em busca de espaço e de maior largueza panorâmica, dera-se a trepar pelas encostas vizinhas, até ao Pico do Facho. Não contentava o ambicioso que cada janela fosse alegre miradoiro sobre o mar e sobre o regaço de onde ele iniciara o ponto de partida. Queria mais, e, pouco a pouco, ia sacudindo a cabeleira de colmo, substituindo-a por telha que gritava, de entre o verde-pardo do quadro, o seu vermelho novo.»

Wednesday, September 12, 2012

incidentais #3 -- uma fé sem deus

sobre "A Legenda do Pórtico" de Eternidade.

* Uma imprecação desesperada à mísera condição humana destinada ao nada, escrita na sequência da morte da companheira de Ferreira de Castro, Diana de Liz, e da septicemia que o acometeu, com episódio suicida pelo meio. 

* Um apelo lancinante ao "irmão longínquo", ao homem do futuro que triunfou "da morte, e dos instintos", o homem racional guiado pela inteligência, liberto da escravidão das paixões -- a mesma inteligência que lhe permitiu, nesse longínquo porvir, viver numa sociedade sem entorses.

* Uma fé sem deus, em suma, com muito ainda de cientismo evolucionista do século XIX, mas, simultaneamente, com um alento de idealismo que hoje, uns meros 80 anos após a sua publicação, não hesitaremos em classifcar como utópico. Castro, porém, não escrevia para duas ou três gerações à frente.

* Chame-lhe utopia quem quiser (ou até ficção científica). Não serei eu, neste final de verão de 2012, ateu e desenganado, quem sorrirá desse alento desesperado, mais perseguido pelos homens que a pedra filosofal.

Monday, March 12, 2012

As "Notas Biográficas e Bibliográficas" de Jaime Brasil (1931) (2)

Terminadas em Outubro de 1930, meses após a morte de Diana de Lis e durante o internamento de Ferreira de Castro, acometido de septicemia, tenho para mim (e já o escrevi) que estas notas de Jaime Brasil sobre a vida do autor do recém-publicado A Selva – abertura do volume colectivo Ferreira de Castro e a Sua Obra (1931) – se destinaram a um in memoriam, que, felizmente para o jovem escritor e para o romance português, não veio a concretizar-se sob esse pretexto, e a ter razão de ser senão quarenta e três anos mais tarde. Como se sabe, Castro esteve às portas da morte e chegou a ser redigido o necrológio para os jornais -- não falando da tentativa de suicídio que, só em 1994, eu teria ocasião de revelar, em apêndice à sua correspondência com Roberto Nobre – embora o tópico suicidário houvesse sido aflorado pelo próprio, precisamente nas «memórias» de infância que Ferreira de Castro e a Sua Obra encerra.

Tuesday, February 16, 2010

Ferreira de Castro e a II República espanhola (2)

O jornalismo é uma actividade que Ferreira de Castro inicia ainda no Brasil, para onde emigrara muito jovem, em 1911, com doze anos e meio. Quando regressa, em 1919, retoma-a com grandes dificuldades, uma vez que era totalmente desconhecido no meio. A imprensa foi para ele a «profissão socorro»(2) que lhe permitiu dedicar-se à sua vocação literária. Até 1927, é um free-lancer, escrevendo abundantemente para jornais do continente, ilhas e colónias, como meio de subsistência. Nesse ano -- que coincide com uma nova etapa da sua vida pessoal, o encontro com Diana de Liz, e também o encerramento de A Batalha, após o golpe de 28 de Maio --, o jovem escritor entra para os quadros de O Século, onde permanecerá até 1934, abandonando então a vida dos jornais como profissional, saturado dos constrangimentos impostos pela Censura do Estado Novo.
(2) Ferreira de Castro, «Origem de "O Intervalo"», Os Fragmentos, Lisboa, Guimarães & C.ª [1974]2, p. 63.
Círculo Joaquina Dorado e Liberto Sarrau - 3.º Ciclo, Lisboa, Centro de Estudos Libertários, 2007, p. 31.

Sunday, July 26, 2009

Outras palavras - A DIANA DE LIZ (1932)

Está aqui, amor, a tua novela. Durante quase dois anos fugi, covarde, perante uma dor maior, de seleccionar os teus papéis, os papéis que as tuas mãos e os teus olhos acariciaram e que foram do muito pouco que pedi para se salvar do naufrágio da nossa vida. Mas, há meses, numa lívida antemanhã de hospital, arrependi-me de não ter enfrentado a nova dor, lacerando mais uma vez o pobre coração. A morte, que, desde há dias, estava estendida ao meu lado, parecia-me, finalmente, resolvida a levar-me também. Eu, de certa maneira, não a temia; desde que ela te arrebatou ao meu carinho, que importava que me cerrasse também a mim, e para sempre, os olhos?
In Diana de Liz, Memórias duma Mulher da Época, Lisboa, Guimarães & C.ª - Editores [1932], p. 5.

Thursday, June 25, 2009

memória - PREFÁCIO a «Pedras Falsas», de Diana de Liz (1931)

Devo, talvez, a este livro o estar ainda vivo. Se não fora o desejo de o publicar, eu teria seguido, possivelmente, a sua autora, quando a morte ma roubou. Era bem frágil a razão para o meu desespero, para a minha dor de viver, mas eu não tinha outra. Um livro é uma obra humana e tudo quanto era humano me parecia, nesses dias de inenarrável angústia, totalmente inútil para os problemas que me torturaram e digno apenas de fraternal piedade. Parecia-me e -- pobre de mim! -- continua a parecer, muitas vezes ainda. Ela própria me demonstrou, já à beirinha da morte, quanto são frágeis, perante o Enigma, as nossas humanas coisas. Disse-lhe eu que os seus livros, quaisquer que fossem os esforços a fazer, seriam publicados e as minhas palavras não constituíram para Ela consolo algum. Preocupava-a apenas o meu destino, que Ela adivinhava que iria ser, para sempre, de sofrimento, e a referência que eu fizera à sua obra pareceu-lhe até -- li-o nos seus olhos, vi-o na expressão do seu rosto -- motivo pueril para as horas trágicas que se iam esvaindo. Ela fora sempre assim.

Sunday, February 18, 2007

Dos jornais #1 - Boletim Interno da Sociedade Cooperativa Piedense


FERREIRA DE CASTRO
50 Anos ao serviço da cultura
«Eu conheço muitas lápidas, tenho andado muito, sou um pouco judeu errante... Mas duas das lápidas que mais impressionaram o meu coração, duas lápidas que me causaram impressão mais profunda, foram: a primeira num edifício de Lisboa, numa casa regional, onde entre outros está o nome de uma pessoa que eu amei imenso. Eu não sabia que esse nome estava lá, mas um dia ao entrar e ao vê-lo fiquei profundamente comovido.* Outra sucedeu agora ao subir as escadas da vossa instituição. Ao ver aquele lápida que fala de sapateiros, de tanoeiros, da carpinteiros, de caixeiros; que fala naqueles que têm ganho o seu pão sem saber qual é o seu verdadeiro nome futuro. Essa lápida que nos fala de homens humildes, mas que criaram uma instituição, hoje tão grande, impressionou-me profundamente.
/////
Sempre, sempre encontro, quando realmente a vida parece fugir, um grande conforto que é certeza de que todos nós contribuímos um pouco, cada um dentro da sua esfera, para que o Mundo seja efectivamente melhor.»
(do discurso de Ferreira de Castro)
proferido no dia 27 de Abril,
na nossa cooperativa.
Sociedade Cooperativa Piedense -- Boletim Interno, n.º 18, Cova da Piedade, Junho de 1966, p. 1
Foto: Castro discursando na Sociedade Cooperativa Piedense, tendo por detrás uma lápida com a inscrição dos «Princípios de Rochdale», de 1844, uma das bases do cooperativismo
* Alusão a Diana de Liz (Maria Eugénia Haas da Costa Ramos), primeira companheira de Ferreira de Castro, de 1927 até à sua morte prematura, em 1930. O local será certamente a Casa do Alentejo, pois ela nascera em Évora, em 1894.