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Thursday, January 12, 2012

100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO (3)

São passados em revista os tempos heróicos , de escrita fulgurante, do jornalismo dos anos vinte e das primeiras tentativas literárias de um escritor fazendo-se a si próprio, procurando o beneplácito de figuras então consagradas, muitas hoje esquecidas, ignoradas quase todas; a primeira consagração, com Emigrantes, em 1928; a atribuição do Prémio Ricardo Malheiros a Terra Fria, em 1934; as inúmeras traduções e o reconhecimento internacional; uma cuidada edição das Obras Completas, como até então não se vira em nenhum outro escritor português; a leitura  que Portinari fez da Selva para a edição comemorativa de 1955; a presidência da Sociedade Portuguesa de Escritores, entre 1962 e 1964; a candidatura, com Jorge Amado, ao Nobel da Literatura, em 1968, e o Prémio Águia de Ouro, em 1970; finalmente, o escritor tornado modelo, mestre, referência para os mais novos colegas de ofício, mesmo quando as preocupações estéticas não coincidiam.

Sintra, Câmara Municipal / Museu Ferreira de Castro, 1992, p. 5.

Monday, April 18, 2011

«Obras Completas»

Por razões de ordem prática, as passagens dos livros de Ferreira de Castro que aqui postarei, serão extraídas das Obras Completas, em seis volumes, publicadas pela RBA Editores, Barcelona, 2005-2007, que teve por matriz a edição do Círculo de Leitores, em 18 volumes, Lisboa, 1985-1986: de Emigrantes (1928) a Os Fragmentos (1974). (Pessoalmente, prefiro as «Obras Completas» da Lello & Irmão (Porto, 1975, organizadas por Álvaro Salema). Ficam de fora as obras da primeira fase, de Criminoso por Ambição (1916) a O Voo nas Trevas (1927) e a peça póstuma Sim, Uma Dúvida Basta  (1994), que não podia integrar as edições Lello e Círculo de Leitores, mas já deveria figurar na da RBA. As capas remeterão sempre para a 1.ª edição respectiva.


nota (20-XII-2011): estando a reformular o blogue, este post deixou de fazer sentido. Mantenho-o, contudo, por ser o único a referir-se a estas «Obras Completas».

Wednesday, January 07, 2009

História e memória: uma leitura de Os Fragmentos (1)

Publicado em Língua e Cultura, n.º 8-9, Lisboa, Sociedade da Língua Portuguesa, 1998

«A infância, esse grande território donde todos saímos! Pois
donde sou eu? Sou da minha infância como se é de um país...»
Antoine de Saint-Exupéry
«O passado pode ser, sem história e sem memória, sem azedu-
me ou saudade, sem culpa ou inquietação, um espaço em que se
pára, menos para rgeressar a ele, que para estar nele sem regresso
algum.»
Jorge de Sena
Razões de uma escolha
A primeira obra póstuma de Ferreira de Castro, Os Fragmentos (Um Romance e Algumas Evocações), editada em 1974, ano da sua morte, não conheceu o favor do público.
Estão ainda no mercado as duas edições que então vieram a lume: a chamada «popular» e a que integrou as «Obras Completas», com ilustrações de João Abel Manta. Não obstante, Os Fragmentos fizeram jus a mais de quarenta anos de internacionalização literária do seu autor, com uma tradução norueguesa de O Intervalo, publicado em Oslo, em 1976. (1)
(1) Ferreira de Castro, Vendepunktet, tradução e prefácio de Leif Sletsjoe, Oslo, Tiden Norsk Forlag, 1976.
(continua)