(tradução de Louise Delapierre, 1947)
3 versos de Sebastião Alba
1 hour ago
um blogue para ir estando com o autor de A SELVA e os seus amigos de sempre: Assis Esperança, Jaime Brasil e Roberto Nobre (desde 30 de Abril de 2006)

Encontrava-me com Ferreira de Castro depois de almoço, na Veneza, pastelaria da Avenida da Liberdade. Assis Esperança era-lhe uma companhia diária, quase um «duplo» nas palavras, nas ilusões, nas ironias, nas fantasias. «Este café é um pouco a minha casa. Há anos, sempre que estou em Lisboa, que aqui venho.» Sereno, imperturbável, o autor de A Selva conversava por igual com quem se lhe sentasse à mesa, se lhe dirigisse na rua, o questionasse em conferências, o abordasse em livrarias. Ouvia, e fazia ouvir-se, sem esforço, sem enfado, fato e gravata cinzentos, chapéu na cabeça, imaginação na distância, bondade no coração.