Lisboa, Guimarães & C.ª, 1947
5 versos de Sebastião Alba
5 hours ago
um blogue para ir estando com o autor de A SELVA e os seus amigos de sempre: Assis Esperança, Jaime Brasil e Roberto Nobre (desde 30 de Abril de 2006)
O escritor brasileiro manuara Milton Hatoum foi o vencedor do Prémio PT de Literatura Brasileira, atribuído ao seu terceiro romance Cinzas do Norte. Leio no Público de hoje, na breve entrevista telefónica que lhe fez Andréia Azevedo Soares:




Encontrava-me com Ferreira de Castro depois de almoço, na Veneza, pastelaria da Avenida da Liberdade. Assis Esperança era-lhe uma companhia diária, quase um «duplo» nas palavras, nas ilusões, nas ironias, nas fantasias. «Este café é um pouco a minha casa. Há anos, sempre que estou em Lisboa, que aqui venho.» Sereno, imperturbável, o autor de A Selva conversava por igual com quem se lhe sentasse à mesa, se lhe dirigisse na rua, o questionasse em conferências, o abordasse em livrarias. Ouvia, e fazia ouvir-se, sem esforço, sem enfado, fato e gravata cinzentos, chapéu na cabeça, imaginação na distância, bondade no coração.
Iniciativas em torno de "A Selva", de Ferreira de Castro .Apresentação do livro, exposição, sessão de cinema.CAS Agosto Para todosExposição "À Superfície do Tempo - Viagem à Amazónia"De 8 de Agosto a 8 de SetembroExposição produzida pelo CPF (Centro Português de Fotografia) com 53 fotografias (70x70 cm), de autoria de Duarte Belo, feitas em 2000, por ocasião das comemorações do quinto centenário da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Nestas fotografias o autor refaz, com a sua câmara, o itinerário vivido pelo escritor Ferreira de Castro, descrito em 1903 na sua obra A Selva
Mas dir-me-ão que nada disso têm feito os artistas contemporâneos. Antes: que só têm feito arabescos, caprichos, bizarrias, exotismos. Tudo o que nos aparece pela primeira vez tem um ar de exótico. Quem não se sorrirá quando alguém afirmar que debaixo dos seus pés, trilhando um matagal, está um caminho? Quem não chamará a isso uma bizarria? E, todavia, se o matagal for desbravado, o caminho aparecerá. E principiará a ser uma coisa normal, uma odiosa coisa normal -- uma coisa para a maioria.
[...]
[fotografia de San-Payo]

Cândido Portinari está em destaque no blogue O Século Prodigioso , a que este lugar castriano se associa.
-- Usa estimulantes para escrever?
Ainda não me habituei a este blogue temático. Por isso só hoje noticio o que teria sido oportuno há uns dias atrás: no passado sábado, dia 20, o Prof. Luís Manuel de Araújo, pioneiro da egiptologia em Portugal e seu nome mais destacado, esteve no Museu Ferreira de Castro, no âmbito das «Conferências no Museu», para falar da forma como o escritor viu e sentiu o país dos faraós. De três textos possíveis, dois canónicos e um da chamada «primeira fase» (pré-Emigrantes), o egiptólogo abordou uma noveleta publicada na revista ABC no último trimestre de 1923, folhetim intitulado «A Vingança do Pharaó», contemporâneo do achado de Howard Carter, texto desconhecido da generalidade dos leitores; seguiu-se a análise do ensaio d'As Maravilhas Artísticas do Mundo (1959-1963) no que respeita aos testemunhos egípcios. Por falar, e guardado para posterior artigo, ficaram as notas de viagem de Pequenos Mundos e Velhas Civilizações (1937-1938).
