Thursday, March 31, 2016

«Sob as velhas árvores românticas»: do significado de Sintra para Ferreira de Castro (7)

A escolha de Sintra por Ferreira de Castro como um dos seus lugares de eleição para escreviver – como diria Cruz Malpique (ver Cruz Malpique, «O problema sentimental da emigração no romancista português Ferreira de Castro e na poetisa galega Rosalía de Castro», In Memoriam de Ferreira de Castro, Cascais, Arquivo Biobibliográfico dos Escritores e Homens de Letras de Portugal, 1976: 169) –, tem um impulso sinestésico, tanto mais interessante quanto ele pôde conhecer a face negra da Natureza, em que o Homem não passa de um títere manejado inexoravelmente pela força titânica dos Elementos, que não consegue aplacar. (1)

(1)  «[…] A selva dominava tudo. Não era o segundo reino, era o primeiro em força e categoria, tudo abandonando a um plano secundário. E o homem, simples transeunte no flanco do enigma, via-se obrigado a entregar o seu destino àquele despotismo. O animal esfrangalhava-se no império vegetal e, para ter alguma voz na solidão reinante, forçoso se lhe tornava vestir pele de fera. A árvore solitária, que borda melancolicamente campos e regatos na Europa, perdia ali a sua graça e romântica sugestão e, surgindo em brenha inquietante, impunha-se como um inimigo. […]». (in Ferreira de Castro, A Selva [1930], Lisboa, Guimarães & C.ª – Editores, 1980(32.ª ed.): 106).

(artigo completo)

Tuesday, March 29, 2016

Roberto Nobre na «Colecção D»


 O percurso gráfico de Roberto Nobre, enquanto designer, capista, cartazista e ilustrador, área que foi paulatinamente abandonado para se dedicar à outra paixão em que foi o maior da sua geração a da crítica e ensaio cinematográficos.Um projecto de Jorge Silva, com textos de José Bártolo e Vasco Rosa.  («Colecção D» , nº 10, in-cm., 2015)

Sunday, March 13, 2016

Vitorino Nemésio sobre Ferreira de Castro: «Se bem me lembro» (6 de Julho de 1974)


Gravado imediatamente após a morte de Ferreira de Castro (a 29 de Julho).
Fascinante, o brilho em acção de um dos maiores poetas da nossa língua, do romancista genial de Mau Tempo no Canal (1944), do ensaísta vivíssimo.
Um ou outro lapso factual dele e uma ou outra discordância minha, que não interessa para nada.
Do Arquivo da RTP, aqui.