Ferreira de Castro foi um triunfo da vontade. A sua vida, pelo muito que teve de inverosímil -- uma criança desterrada para a selva amazónica que em adulto se elevou à condição de um dos primeiros romancistas do seu país, reconhecido além-fronteiras até ao limiar do Prémio Nobel da Literatura (2) -- teria sido susceptível de ser contada por ele próprio.
Tal não sucedeu. Ou, melhor, sucedeu parcial e fragmentariamente ao longo so seu percurso de escritor.
(2) Proposto em 1951 e 1968, a segunda conjuntamente com Jorge Amado.
Língua e Cultura II Série, #7/8, Lisboa, Sociedade da Língua Portuguesa, 1998.
fragmentos
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