Carlos de Oliveira, que felizmente tem tido a fortuna crítica que a outros falta, é também profundamente analisado, sendo convocada toda a sua obra, incluindo a poética. É indubitavelmente il miglior fabbro neo-realista, pelo trabalho sobre a linguagem e sobre a própria estrutura da narrativa, culminando com Finisterra, de 1978. Onde alguns viram a certidão de óbito do neo-realismo, o autor analisa-o como «uma espécie de revisitação transfigurada e decantada a alguns lugares sagrados» (p. 175) da sua obra, em que o que se diz se interpenetra e torna indissociável do como se diz.
(texto lido na apresentação do livro no Café Saudade, Sintra, em 21 de Outubro de 2011)
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