Monday, June 05, 2017

«Txim, txim, txim, pó, pó, pó, pó»

Emmerico Nunes
O jazz, pois claro -- ou, melhor dizendo, o jazz-band, que muito se cabareteava naqueles anos vinte e trinta. E a música nem sequer era o principal, para o vulgo, antes umas pernas de mulher bem alongadas e de swing instintivo.  Ainda não vi, mas lá irei, à Biblioteca Nacional.



Monday, May 15, 2017

O misterioso embrulho das "cartas femininas" de Ferreira de Castro

«O misterioso embrulho das "cartas femininas", a abrir em 2050 - Dizer o indizível no Museu Ferreira de Castro»


http://w3.patrimoniocultural.pt/museus2017/public/view.php?id=782


Dia 18 de maio, 5.ª feira, pelas 18 horas.


(estão todos convidados)

Tuesday, May 02, 2017

no blogue de José de Matos-Cruz


24MAI1898-1974 - José Maria Ferreira de Castro: Escritor português, cidadão do Mundo, autor de A Selva (1930) - «Eu devia este livro a essa majestade verde, soberba e enigmática, que é a selva amazónica, pelo muito que nela sofri durante os primeiros anos da minha adolescência e pela coragem que me deu para o resto da vida.» (Pórtico - 1955).


http://imaginario-kafre.blogspot.pt/2017/05/imaginario-660.html

Friday, April 28, 2017

A TEMPESTADE -- 16ª edição



 A Tempestade (1940). 16.ª edição, Lisboa, Cavalo de Ferro, 2017.
(Capa de Susana Villar.)


Thursday, April 27, 2017

30.ª edição de EMIGRANTES, com ilustração de Darocha


Assinalando os cem anos da publicação do primeiro livro de Ferreira de Castro, o juvenil Criminoso por Ambição (Belém do Pará, 1916), a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis promoveu uma edição especial de Emigrantes, acabada de publicar pela Cavalo de Ferro. A ilustração da capa é do pintor oliveirense Darocha, entretanto desaparecido. 



Tuesday, March 21, 2017

«Matilde e Ferreira de Castro»

Só hoje dei com esta entrevista, já de 2005, de Filipe Delfim Santos a Matilde Rosa Araújo (1921-2010), com pequenas imprecisões, mas muito interessante pelo que diz da personalidade de Ferreira de Castro.

Monday, January 30, 2017

o ponto de vista de uma geógrafa: Fernanda Cravidão

«[...]  Em casa dos meus pais havia (há) uma biblioteca pequena, mas onde encontro algumas das obras que me têm acompanhado pela vida. Foi ai que descobri, precocemente, Ferreira de Castro, Aquilino e Euclides da Cunha. O tempo se encarregaria de me fazer chegar Carlos Oliveira, Alves Redol ou Vergílio Ferreira, entre muitos outros. E o tempo se encarregaria, também, de me mostrar como essas leituras permitem outras leituras do país, perceber os territórios com olhares diferenciados e também captar, às vezes, num olhar breve, o país de ontem e o país de hoje.
Quando, há cerca de 25 anos, fui pela primeira vez a Manaus reli A  Selva de Ferreira de Castro. O percurso feito rio acima, envolvida nas redes que acolhem os passageiros, trouxe as imagens que a leitura me tinham permitido construir. Nada parecia ter mudado. Quando no início dos anos 90 orientei um seminário sobre emigração, um dos livros que referi e discuti com os alunos foi essa obra, escrita em 1929.
A Selva continuou a fazer parte do meu percurso. Como geógrafa, como viajante, como pessoa. E cruza-se também pelo cinema   através do filme Fitzcarraldo do realizador Werner Herzog, de 1982. Ambos, Ferreira de Castro e Herzog, têm como território de referência a mesma Selva Amazónica e como traço comum o Sonho. Sonhos diferentes, é certo, mas que se entrelaçam na relação quase utópica com a floresta. Enquanto na obra de F. de Castro a selva é simultaneamente lugar de produzir riqueza e miséria humana, W. Herzog traz-nos para o ecrã a utopia de um melómano que contra a corrente transporta a “Europa” de Manaus para Iquitos. Ao cortar a floresta para fazer transportar o barco Molly Aida entra numa luta balizada pelo ritmo das chuvas, de seis em seis meses, uma batalha constante, marcada pela malária, pelos autóctones e pela selva. Tal como parte das personagens de Castro.[...]» (aqui)

Thursday, December 15, 2016

A MISSÃO em Tomar



É com grande expectativa que estarei no próximo domingo na Quinta da Granja, em Tomar, para assistir a mais uma adaptação de A Missão, por Carlos Carvalheiro, levado à cena pelo Fatias de Cá(Infelizmente, não vi a de Deolindo L. Pessoa, com o CITEC).
Às 18.18h estarei no Hotel dos Templários, com outros castrianos, para falar sobre a ficção de Ferreira de Castro.

Wednesday, November 23, 2016

Ferreira de Castro na ETerna Biblioteca





Esta sexta, pelas 9,30 h, estarei no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, a falar sobre Ferreira de Castro, quando se comemoram os cem anos da edição do seu primeiro livro. No sábado, também às 9,30 h farei o Roteiro Castriano de Sintra (inscrições fechadas).

Friday, November 18, 2016

ETERNIDADE, nos "Sábados de Leitura" (Feijó)

1.ª ed., 1933

Amanhã, na Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó, pelas 15 horas, o livro a debater na comunidade "Sábados de Leitura", será Eternidade. E eu lá estarei, para falar um pouco e, sobretudo, para ouvir e aprender, que é o que normalmente sucede nestes clubes de leitura.

Tuesday, November 08, 2016

e ainda...


Esta sexta, pelas 21.30h, estarei na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro,
em Oliveira de Azeméis, no âmbito das comemorações.

Thursday, October 13, 2016

Colóquio A LÃ E A NEVE - UBI


«A recepção de A Lã e a Neve - de 1947 à actualidade», título da minha comunicação
neste colóquio organizado pela UBI.

Monday, September 12, 2016

Sintra cultural, nas palavras de Vítor Serrão

fonte
A história de Sintra confunde-se com a História da Arte em Portugal e dela constitui um capítulo brilhante. Impossível responder de modo rápido a esta questão, mas é certo que há nomes que não se podem deixar de referir nesse balanço de síntese, como sejam o escultor renascentista Nicolau Chanterene, ou o arquitecto Francisco de Holanda, ou o pintor quinhentista Diogo de Contreiras, ou o azulejista Oliveira Bernardes, ou o Barão de Eschewege, arquitecto do Palácio da Pena, senão o rei-artista D. Fernando II, o príncipe por excelência do Romantismo sintrense – e tantos, tantos outros, ao longo dos séculos, sem esquecer os escritores, de Camões a Ferreira de Castro…


Wednesday, September 07, 2016

FERREIRA DE CASTRO E A SUA OBRA LITERÁRIA (Nogueira de Brito)

por Baltazar
«Ferreira de Castro, a quem acaba de ser prestada homenagem de admiração pelo seu talento* é, na moderna geração literária, um dos valores mais curiosos pela orientação mental que tem inspirado à sua obra de reconstrução moral e psíquica. O escritor que deu ultimamente às letras portuguesas um formoso livro, «Emigrantes», é, antes de tudo, um emotivo severo, pautado, sem arremedos de sentimentalismos pueris, nem devaneios lânguidos de compreensão de sentimento ou de ternura. O que caracteriza a literatura de Ferreira de Castro é a incidência do bom gosto estético na observação filosófica dos factos e dos índivíduos, levada a um grau de conclusão e apuro exactos, que faltam à maioria dos escritores que trilharam o caminho por onde ele segue, sem um desvio, sem uma tergiversação, sem uma «falha».
Os tipos, que a sua obra incarna, são exemplos da vida, e não há um gesto, um vinco de fisionismo que não atinjam uma verdade irrefutável, um sentido de exactidão a que não está acondicionado o género novela, tão escassamente conseguido. Carácter e individualidade, moral e temperamento, tendências e atavismos, andam na obra de Ferreira de Castro como coisa existente, a valer, sem deformação, sem tintas esmorecidas, antes com um vinco de beleza moral e uma característica de perfeição honrosa que impressionam. Em Ferreira de Castro não há elevação "estudada" do sentir afeiçoado à exigência da efabulação, a rebuscada irradiação de emotismo coado pela oportunidade mais ou menos feliz; há, sim, a espontaneidade que nasce da cena real da existência, sem qualquer assomo de artifício, sem clangores de retumbâncias festivas, nem estilizações frívolas de colorismos doentios e insinceros. É uma obra feita de justeza, de equilíbrio, de calma e objectivação e dela fica a semente a lançar à terra em futuras colheitas de análise sentimental, em próximas depurações de psiquismos e de vibracionismo íntimo.
Prestar, pois, homenagem a Ferreira de Castro, é encarecer, alentar uma corrente literária que, estando dentro dos moldes contemporâneos, como estética e realização espiritual, prepara um ambiente moral de que irão aproveitando os que lêem a sua interessante produção.»

* Este banquete de homenagem, realizado em Janeiro de 1929, de que há registo fotográfico, foi uma manifestação de desagravo pela campanha dos sectores nativistas brasileiros contra Emigrantes,  romance pretensamente 'anti-brasileiro' na visão estreita daqueles.

Ferreira de Castro e a Sua Obra, edição de Jaime Brasil, Porto, Livraria Civilização, 1931.

Nota - Francisco Nogueira de Brito (Lisboa, 1883-1946). Crítico, historiador de arte e olisipógrafo, musicólogo, é um dos intelectuais libertários que assegura colaboração de grande qualidade no Suplemento de A Batalha e no início d'O Diabo.

Wednesday, June 29, 2016

c@striana


Cinco números em papel, e, a partir de hoje, 
42 anos após a morte de Ferreira de Castro,

Saturday, June 25, 2016

"Uma página de Ferreira de Castro"

Todos os anos, num fim-de-semana de Maio, o CEFC promove os Encontros Ferreira de Castro, que reúne estudiosos e leitores, em que às comunicações mais ou menos informais se seguem passeios e convívio por aquelas paragens de Ossela, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra.
Os encontros começam sempre nas sextas à noite na adega da casa onde o escritor nasceu. A partir deste ano, lançámos o desafio a cada um dos participantes a escolherem uma passagem, lendo-a aos restantes, seguindo-se um diálogo entre os presentes.
Houve dez que se chegaram à frente, tendo eu registado a origem das escolhas. Na ficção: Emigrantes (1), A Selva (2), Terra Fria (2), A Curva da Estrada (1), A Missão (1); não-ficção: Ecos da Semana, O Segredo das Nossas Derrotas -- Como eu fui preso no Limoeiro, Mensagem (1949).
Para o ano haverá mais.

Thursday, June 02, 2016

Ferreira de Castro na BNL






O meu texto para a a mostra com que a Biblioteca Nacional, em parceria com o CEFC, assinala o centenário da publicação do primeiro livro de Ferreira de Castro, Criminoso por Ambição, escrito aos 14-15 anos, ainda na Amazónia. De 8 de Junho a 29 de Julho.

Tuesday, May 10, 2016

«Sob as velhas árvores românticas»: do significado de Sintra para Ferreira de Castro (9)

fonte
Mas é outra a Natureza que o cativa: a placidez do Vale de Ossela, o verde minhoto, a paisagem de Sintra. Num texto de 1964, «O último quarto de hora da minha vida», o escritor assinala inequivocamente a sua propensão metafísica para essa simbiose de matéria e espírito, que se manifesta não apenas no indivíduo José Maria Ferreira de Castro e também na própria obra e estilo do romancista, como acima se assinalou: 

«[…] Toda a minha existência de homem e de escritor está vinculada a esta paixão. Foi em convívio com a Natureza que os sentimentos de amor se sublimaram sempre em mim, foi em contacto com ela que elaborei a maioria das páginas que tenho escrito. As minhas demoradas estadas nesse pequeno mundo de beleza insigne que é Sintra, com tantas veredas dum intimismo lírico, tantos rincões secretos onde a poesia habita e tanta espiritualidade pairante, como se tudo propiciasse, às horas vespertinas, uma perfeita e voluptuosa fusão dos corpos e das almas, devem-se à irresistível fascinação que em mim exercem as grandes e verdes paisagens. […]» (in Museu Ferreira de Castro – Periódicos, MFC/D – Ferreira de Castro, «O último quarto de hora da minha vida», O Século Ilustrado #1369, Lisboa, 28 de Março de 1964: 12).

(artigo completo)

Thursday, May 05, 2016

«Paisagens Culturais em Ferreira de Castro»

Um colóquio pro suculento organizado pela UTAD, assinalando os 100 anos de publicação do primeiro livro, romancinho Criminoso por Ambição. Uma pena não poder assistir.

(programa em baixo)










Thursday, April 28, 2016

admirar & amar

Escreve Eugénio Lisboa, no último JL («Sá-Carneiro visto por Régio -- O oiro e a neve») que os grandes escritores, relativamente aos colegas que os precederam, amam uns e admiram outros:
«Pessoa admirava Milton e amava Dickens. Flaubert admirava Zola, mas amava Hugo. Régio admirava Eça e Pessoa, mas amava Camilo e Sá-Carneiro. Há aqueles com quem sentimos afinidades e aqueles em quem admiramos qualidades que não temos nem nos interessa particularmente ter.»
Fiquei a pensar no caso de Ferreira de Castro. De imediato chegaram-se à frente dois nomes essenciais. Raul Brandão e Aquilino Ribeiro. Creio poder dizer, com segurança, que, posto assim, Castro admirava Aquilino, mas amava Brandão. Em Aquilino, a torrente lexical, mahleriana, se assim o posso dizer, e provavelmente o humor; em Raul Brandão, o poético, o trágico, o fragmentário, a dor. A dos outros, humilhados e ofendidos, as próprias, do pobre ser humano em face do enigma da morte.

Tuesday, April 26, 2016

«Sob as velhas árvores românticas»: do significado de Sintra para Ferreira de Castro (8)

Mas é outra a Natureza que o cativa: a placidez do Vale de Ossela, o verde minhoto, a paisagem de Sintra. Num texto de 1964, «O último quarto de hora da minha vida», o escritor assinala inequivocamente a sua propensão metafísica para essa simbiose de matéria e espírito, que se manifesta não apenas no indivíduo José Maria Ferreira de Castro e também na própria obra e estilo do romancista, como acima se assinalou: 

«[…] Toda a minha existência de homem e de escritor está vinculada a esta paixão. Foi em convívio com a Natureza que os sentimentos de amor se sublimaram sempre em mim, foi em contacto com ela que elaborei a maioria das páginas que tenho escrito. As minhas demoradas estadas nesse pequeno mundo de beleza insigne que é Sintra, com tantas veredas dum intimismo lírico, tantos rincões secretos onde a poesia habita e tanta espiritualidade pairante, como se tudo propiciasse, às horas vespertinas, uma perfeita e voluptuosa fusão dos corpos e das almas, devem-se à irresistível fascinação que em mim exercem as grandes e verdes paisagens. […]» 

(in Museu Ferreira de Castro – Periódicos, MFC/D – Ferreira de Castro, «O último quarto de hora da minha vida», O Século Ilustrado #1369, Lisboa, 28 de Março de 1964: 12).

Wednesday, April 20, 2016

O primeiro livro de Ferreira de Castro.

Esta sexta-feira, 22 de Abril, no MU.SA, Museu das Artes de Sintra, pelas 18 horas, irei falar sobre o primeiro livro de Ferreira de Castro, Criminoso por Ambição, obra juvenil de Ferreira de Castro, escrita ainda no seringal Paraíso entre 1912 e 1913, e publicada há cem anos em Belém do Pará.
Procurarei mostrar o que já se anunciava do autor maduro neste romancinho inicial, escrito por um adolescente tornado adulto precocemente.
Estão todos convidados. 

Thursday, March 31, 2016

«Sob as velhas árvores românticas»: do significado de Sintra para Ferreira de Castro (7)

A escolha de Sintra por Ferreira de Castro como um dos seus lugares de eleição para escreviver – como diria Cruz Malpique (ver Cruz Malpique, «O problema sentimental da emigração no romancista português Ferreira de Castro e na poetisa galega Rosalía de Castro», In Memoriam de Ferreira de Castro, Cascais, Arquivo Biobibliográfico dos Escritores e Homens de Letras de Portugal, 1976: 169) –, tem um impulso sinestésico, tanto mais interessante quanto ele pôde conhecer a face negra da Natureza, em que o Homem não passa de um títere manejado inexoravelmente pela força titânica dos Elementos, que não consegue aplacar. (1)

(1)  «[…] A selva dominava tudo. Não era o segundo reino, era o primeiro em força e categoria, tudo abandonando a um plano secundário. E o homem, simples transeunte no flanco do enigma, via-se obrigado a entregar o seu destino àquele despotismo. O animal esfrangalhava-se no império vegetal e, para ter alguma voz na solidão reinante, forçoso se lhe tornava vestir pele de fera. A árvore solitária, que borda melancolicamente campos e regatos na Europa, perdia ali a sua graça e romântica sugestão e, surgindo em brenha inquietante, impunha-se como um inimigo. […]». (in Ferreira de Castro, A Selva [1930], Lisboa, Guimarães & C.ª – Editores, 1980(32.ª ed.): 106).

(artigo completo)

Tuesday, March 29, 2016

Roberto Nobre na «Colecção D»


 O percurso gráfico de Roberto Nobre, enquanto designer, capista, cartazista e ilustrador, área que foi paulatinamente abandonado para se dedicar à outra paixão em que foi o maior da sua geração a da crítica e ensaio cinematográficos.Um projecto de Jorge Silva, com textos de José Bártolo e Vasco Rosa.  («Colecção D» , nº 10, in-cm., 2015)

Sunday, March 13, 2016

Vitorino Nemésio sobre Ferreira de Castro: «Se bem me lembro» (6 de Julho de 1974)


Gravado imediatamente após a morte de Ferreira de Castro (a 29 de Julho).
Fascinante, o brilho em acção de um dos maiores poetas da nossa língua, do romancista genial de Mau Tempo no Canal (1944), do ensaísta vivíssimo.
Um ou outro lapso factual dele e uma ou outra discordância minha, que não interessa para nada.
Do Arquivo da RTP, aqui.

Tuesday, February 23, 2016

I de inéditos -- Para um Dicionário de Ferreira de Castro

À data da sua morte*, em 29 de Junho de 1974, Ferreira de Castro deixou inédito, pronto para publicação Os Fragmentos* -- Um Romance e Algumas Evocações, editado ainda nesse ano. O romance é O Intervalo*, escrito cerca de 1936, protagonizado por um sindicalista da extinta Confederação Geral do Trabalho (CGT), Alexandre Novais, e cuja acção decorre na Andaluzia, por ocasião da Revolta de 1931 -- narrativa que não tinha qualquer possibilidade de vir a lume durante o Estado Novo, muito menos à época em que foi escrito, no dealbar da Guerra Civil de Espanha.
As Evocações de Os Fragmentos são a evocação de Ossela, com «A Aldeia Nativa», girando os restantes em torno da Censura*: o «Historial da Velha Mina», a «Origem de "O Intervalo"»* e, em extratexto, as quatro páginas de «O Natal em Ossela», crónica censurada num número de O Século, por ocasião da quadra.
Outro inédito, redigido na mesma época, e só vindo a público em 1994, foi a peça Sim, Uma Dúvida Basta*, escrita a convite de Robles Monteiro, e censurada já em fase de montagem, que tratava de um caso de actualidade nos Estados Unidos, em torno da pena de morte.
Outros fragmentos ficaram inacabados, e nunca conheceram a tipografia: o romance O Navio (ou Classe Única), que se quedou pelos capítulos iniciais, um outro que não terá passado de esboços, A Pólvora e uma peça que Ferreira de Castro, no início da década de 1920, levou a concurso promovido pelo Teatro Nacional, intitulada O Mais Forte, classificada em "mérito absoluto" pelo júri.
Ainda da fase brasileira, há um curioso bloco de apontamentos, intitulado Impressões de Viagem Quando Eu Trabalhava num Navio (1915) -- "Cassiporé", já estudado por Bernard Emery.

Bib. a consultar: Bernard Emery e Clara Campanilho Barradas.

    (a desenvolver)

Thursday, February 11, 2016

Thursday, February 04, 2016

«A relação eco-humana na vida e na obra de Ferreira de Castro»


Grande tese de Ana Cristina Carvalho, cuja arguição tive a honra de fazer.