[Artigo publicado no semanário O Jornal, de Lisboa, em 2 de Novembro de 1990. Apesar de esquemático, e de o assunto já então haver sido aprofundado na tese de Bernard Emery, José Maria Ferreira de Castro et le Brésil (1981), que à época eu desconhecia, posto-o aqui pela curiosidade de se tratar do meu primeiro escrito sobre o romancista.]
O mais conhecido romance de Ferreira de Castro, publicado há 60 anos* pela Livraria Civilização, do editor Américo Fraga Lamares, desencadeou uma grande polémica no Brasil em 1934 (1), quando ali foi editado.
Em 1930, Ferreira de Castro era um jornalista prestigiado, que presidiu aos destinos do Sindicato dos Profissionais da Imprensa de Lisboa (à sua direcção se deve um protesto contra a censura, em 1927, bem como a edição da colectânea Uma Hora de Jornalismo, no ano seguinte, que reuniu textos de grandes nomes da imprensa da época), e um literato conhecido nos meios intelectuais lisboetas, mas de modo algum um autor consagrado. (2)
* O artigo é de 1990.
(1) 1935, no texto.
(2) Enfim, hoje seria mais cuidadoso. Emigrantes, publicado em 1928, já concitara imensas atenções, tendo a primeira edição esgotado rapidamente. Nesta altura, preparava-se já a 3.ª edição.
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