Quem, como eu, anda à volta dos 40 anos e teve a sorte de ter crescido numa casa com livros, a Jaime Brasil associa, não o jornalista nem o seu papel de importantíssimo mediador cultural no suplemento »Das Artes e das Letras» de O Primeiro de Janeiro, não a feição de polemista, por vezes desmesurado e violento, e menos ainda a circunstância de se tratar de um significativo autor anarquista. De Jaime Brasil lembramos as biografias, em particular as de mais recente edição ou republicação: desde logo a de Ferreira de Castro, na célebre colecção da Arcádia, «A Obra e o Homem», e as surgidas com a excelente chancela da Portugália Editora, entre as quais o Leonardo da Vinci, cuja sanguínea com que se auto-retratou na velhice, servindo de capa à edição, desde cedo me impressionou, as edições de bolso em que se reeditaram o Zola e o Victor Hugo, o ensaio sobre Balzac, uma pequena jóia de literatura biográfica, entre outras.
Das Artes e das Letras, suplemento de O Primeiro de Janeiro, Port0, 19 de Novembro de 2007, p. 1o.
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