Dirigido por Jacinto do Prado Coelho, e editado pela portuense Livraria Figueirinhas, compreende as literaturas portuguesa, brasileira e galega e ainda a estilística literária. Dos autores que seleccionei para esta sondagem, apenas três -- Castro, Aquilino e Miguéis (além de Júlio Dinis) -- têm entrada própria, a que acresce, com excepção de Miguéis, verbetes sobre alguns títulos, como veremos no próximo post.
Há 23 anos publiquei uma carta de João Pedro de Andrade a Ferreira de Castro, pedindo-lhe, em 1955, elementos para este dicionário*, que só seria editado por volta de 1960. Andrade, um excelente crítico e importante dramaturgo era um velho conhecimento de Ferreira de Castro, desde o tempo da revista A Hora (1922).
Do verbete sobre Ferreira de Castro (vol. I), informativo e biográfico como lhe cumpria, destaco a concisa análise das obras da primeira fase, pré-Emigrantes para o primeiro grupo romanesco do autor: «Ao inconformismo que se afirmava, através dum estilo imaginoso, em rebeldia por vezes destrutiva, sucede uma fase caracterizada pelo humanismo dos temas e pela atitude compreensiva, que não exclui combatividade implícita na objectividade quase fotográfica, com muito de reportagem.» Faltou-lhe, porém, a referência ao outros aspecto fundamental da obra castriana, o perscrutar da mentalidade de hoje e de sempre do Homem, aspecto que torna os romances de Ferreira de Castro não apenas um acervo realista duma certa época histórica, mas também uma sondagem psicologicamente fina do comportamento humano.
A entrada sobre A Selva (vol. IV) é plenamente conseguida na exposição concisa das linhas de força da narrativa, bem como na caracterização estilística da obra.
Socorro-me da 4.ª edição, de 1980.
Há 23 anos publiquei uma carta de João Pedro de Andrade a Ferreira de Castro, pedindo-lhe, em 1955, elementos para este dicionário*, que só seria editado por volta de 1960. Andrade, um excelente crítico e importante dramaturgo era um velho conhecimento de Ferreira de Castro, desde o tempo da revista A Hora (1922).
Do verbete sobre Ferreira de Castro (vol. I), informativo e biográfico como lhe cumpria, destaco a concisa análise das obras da primeira fase, pré-Emigrantes para o primeiro grupo romanesco do autor: «Ao inconformismo que se afirmava, através dum estilo imaginoso, em rebeldia por vezes destrutiva, sucede uma fase caracterizada pelo humanismo dos temas e pela atitude compreensiva, que não exclui combatividade implícita na objectividade quase fotográfica, com muito de reportagem.» Faltou-lhe, porém, a referência ao outros aspecto fundamental da obra castriana, o perscrutar da mentalidade de hoje e de sempre do Homem, aspecto que torna os romances de Ferreira de Castro não apenas um acervo realista duma certa época histórica, mas também uma sondagem psicologicamente fina do comportamento humano.
A entrada sobre A Selva (vol. IV) é plenamente conseguida na exposição concisa das linhas de força da narrativa, bem como na caracterização estilística da obra.
Socorro-me da 4.ª edição, de 1980.
*100 Cartas a Ferreira de Castro, Sintra, Câmara Municipal / Museu Ferreira de Castro, 1992.
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