Àquela hora, na rua deserta, a fachada do Albergue Nocturno de Lisboa tinha uma estranha austeridade e, se não fosse a tabuleta que abrange toda a frontaria arcaica do prédio, dir-se-ia que este era um amplo palácio onde se refugiavam do mundo vários fidalgos perseguidos pelo tédio.
[publicado n'O Século, Lisboa, 21 de Janeiro de 1923], in Jacinto Baptista e António Valdemar, Repórteres e Reportagens de Primeira Página -- II 1910-1926, Lisboa, Assembleia da República, s.d., p. 276.
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