Este relacionamento esteve sempre presente ao longo dos anos, como comprova o espólio do autor de Eternidade. À existência de 19 espécimes de correspondência, entre 1922 e 1964, soma-se um conjunto de cinco livros com dedicatória autógrafa que ficaram na pequena parte da sua biblioteca pessoal destinada a este Museu. São eles: Teatro (1941); O Problema do Romance Português Contemporâneo (1942); Os Melhores Contos Portugueses (1959) -- antologia em que Castro figura com O Senhor dos Navegantes; Raul Brandão; e O Diabo e o Frade (ambos de 1963). De Castro para Andrade, conhecemos, por gentileza dos seus herdeiros e descendentes, a 6. edição de A Lã e a Neve e a 4.ª de A Curva da Estrada (as duas de 1951); a edição «Portinari» de A Selva (1955); e a 1.ª edição de O Instinto Supremo (1968). Entendimento que se traduziu significativamente no facto de João Pedro de Andrade ter sido o autor dos verbetes sobre Ferreira de Castro e A Selva para o importante Dicionário das Literaturas Portuguesa, Brasileira e Galega (1960), dirigido por Jacinto do Prado Coelho. (1)
(1) Sobre o assunto, ver a carta de Andrade ao seu biografado, datada de Lisboa, em 7 de Outubro de 1955, apud Ricardo António Alves, 100 Cartas a Ferreira de Castro, Sintra, Câmara Municipal / Museu Ferreira de Castro, 1992, pp. 141 e 142.
Centenário de João Pdedro de Andrade, coordenação de João Marques de Almeida, Actas & Colóquios da Hemeroteca, Lisboa, Câmara Municipal, 2004, pp. 138-139.
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