«Nós vamos ver, agora, o planeta que eles devassaram em todas as direcções há quase cinco séculos, e, para se iniciar a volta ao Mundo, bom é o porto de onde largaram aqueles que o Mundo andaram a descobrir. Como nessa época já remota, os mesmos mares estão prenhes de mistério, estão hoje povoados de monstros e estes verdadeiros; monstros de ferro e aço, aos quais uma palavra bastará para exercerem a sua acção de morte.» A Volta ao Mundo (1940-44)
«O encanto desta viagem à aventura, das poucas, senão a única, que a indústria do turismo ainda não destruiu na Europa, rompeu-se, uma noite, na redacção de La Dépêche, em Toulouse. Um dos redactores, que já tinha peregrinado pelos confins do Ariège, disse-me que, como eu supunha, Hospitalet, aldeiazita francesa sepultada nos Pirenéus orientais, dava acesso a Andorra. Não havia, porém, estradas... E, quanto a passaporte, nenhum visto se exigia...» Pequenos Mundos e Velhas Civilizações (1937-38) «Andorra» [1929]
«"Voltaremos mais tarde, com calma" -- garantimos a nós próprios, para nos redimir das ásperas censuras que nos fazemos. E saímos a passos largos, ansiosos de matar a curiosidade maior, enquanto à porta do claustro, o padre-guia da colegiata, de dedo estendido e olhos móveis, conta e reconta os novos visitantes, não vá algum estar ali sem haver pago a entrada.» As Maravilhas Artísticas do Mundo (1959-63)
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