Introdução à Correspondência (1922-1969) de Ferreira de Castro e Roberto Nobre
Editorial e Notícias e Câmara Municipal de Sintra, Lisboa, 1994
O que é escrito adquire um valor
«moral» e prático que transcende de
muito o facto de apenas ser escrito, que,
entretanto, é uma coisa puramente material...
Antonio Gramsci
O que vem até à carta não é em nós
o mais profundo mas o mais sociável, o
que pode transaccionar-se numa comunicação
de superfície. Uma carta é um acto de pudor.
O mais sério fica oculto.
Vergílio Ferreira
Foi o escritor Assis Esperança quem aproximou Ferreira de Castro e Roberto Nobre. Castro frequentava a sua casa, à Rua do Passadiço, o mesmo sucedendo com Nobre, que tinha por Assis uma amizade de irmão -- apesar de quinze anos mais novo --, sentimento que se cimentara quando, ainda adolescente, convivia na tertúlia do pai -- conhecido cirurgião em Faro --, que integrava o futuro autor de O Dilúvio.
(continua)
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