1. INFÂNCIA (1898-1911)
«O homem ama na terra natal os seus hábitos, se ali reside ou residiu muito tempo; ama a sua casa e o seu agro, se os tem; e ama, sobretudo, a sua infância, que lhe comandará a vida inteira e se amalgama com o drama biológico do envelhecimento e da morte. Ama esse período da sua existência por saber que jamais voltará a vivê-lo; e essa certeza de irrecuperabilidade embeleza-lhe o cenário nativo e valoriza-lhe os anos infantis, mesmo se neles conheceu a miséria, os trabalhos prematuros, as opressões e as humilhações impostas pelos adultos.»FERREIRA DE CASTRO,«A aldeia nativa» (1969)
Este primeiro grupo refere-se à meninice do romancista, na «aldeia nativa» de Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis, onde nasceu, em 24 de Maio de 1898. Deste período ficarão as marcas de um íntimo contacto com a verdejante natureza envolvente. Órfão de pai aos oito anos, a sua infância seria igual à de tantas outras crianças - escola com o professor Portela, catequese com o padre Carmo -, não fosse a decisão inusitada de emigrar para o Brasil, com 12 anos incompletos. Em 7 de Janeiro de 1911 Ferreira de Castro embarcou no vapor Jerôme. Saiu criança, regressaria já homem.
«O homem ama na terra natal os seus hábitos, se ali reside ou residiu muito tempo; ama a sua casa e o seu agro, se os tem; e ama, sobretudo, a sua infância, que lhe comandará a vida inteira e se amalgama com o drama biológico do envelhecimento e da morte. Ama esse período da sua existência por saber que jamais voltará a vivê-lo; e essa certeza de irrecuperabilidade embeleza-lhe o cenário nativo e valoriza-lhe os anos infantis, mesmo se neles conheceu a miséria, os trabalhos prematuros, as opressões e as humilhações impostas pelos adultos.»FERREIRA DE CASTRO,«A aldeia nativa» (1969)
Este primeiro grupo refere-se à meninice do romancista, na «aldeia nativa» de Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis, onde nasceu, em 24 de Maio de 1898. Deste período ficarão as marcas de um íntimo contacto com a verdejante natureza envolvente. Órfão de pai aos oito anos, a sua infância seria igual à de tantas outras crianças - escola com o professor Portela, catequese com o padre Carmo -, não fosse a decisão inusitada de emigrar para o Brasil, com 12 anos incompletos. Em 7 de Janeiro de 1911 Ferreira de Castro embarcou no vapor Jerôme. Saiu criança, regressaria já homem.
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