Outro factor de proximidade entre o romancista e o ensaísta foi a admiração que ambos nutriram por Raul Brandão. Andrade é, como se sabe, autor de um excelente estudo biográfico sobre o autor do Húmus; quanto a Ferreira de Castro, que com ele privou, desde cedo proclamou o seu entusiasmo por esse escritor singular (logo em 1922, nas páginas de A Hora), num texto admirável, dizendo então não conhecer Raul Brandão nem desejar conhecê-lo pessoalmente, pois temia que alguma mesquinhez do Brandão homem pudesse toldar a admiração que ele tinha pelo Brandão escritor... (1) Foi, porém, este mesmo texto que esteve na origem de uma amizade entre Ferreira de Castro e o autor português que mais profundamente o impressionou, como já há muitos anos Jorge de Sena assinalou e nós próprios tivemos oportunidade de recentemente desenvolver. (2)
(1) Ver Ferreira de Castro, «Os grandes peninsulares -- Raul Brandão», Mas..., Lisboa, 1921, [1922] pp. 32-32.
(2) Ver Ricardo António Alves, «"A cruel indiferença do Universo: Raul Brandão e Ferreira de Castro», Castriana #1, Ossela, Centro de Estudos Ferreira de Castro, 2002, pp. 111-132.
in João Pedro de Andrade -- Centenário do Nascimento (1902-2002), Lisboa, Câmara Municipal / Hemeroteca Municipal, 2004.
(1) Ver Ferreira de Castro, «Os grandes peninsulares -- Raul Brandão», Mas..., Lisboa, 1921, [1922] pp. 32-32.
(2) Ver Ricardo António Alves, «"A cruel indiferença do Universo: Raul Brandão e Ferreira de Castro», Castriana #1, Ossela, Centro de Estudos Ferreira de Castro, 2002, pp. 111-132.
in João Pedro de Andrade -- Centenário do Nascimento (1902-2002), Lisboa, Câmara Municipal / Hemeroteca Municipal, 2004.
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