a Ferreira de Castro
Dizem aqueles tristes que julgaram
Ter vivido num dia toda a vida:
-- É tudo engano e a alma aborrecida
Morre dos ideais que alucinaram...
E aos outros gritam: -- Onde, esta subida
Atrás das ilusões que vos chamaram?
-- Loucos, parai... Só esses que pararam
Chegaram à verdade apetecida!
Mas nós -- nem os ouvimos, nós, os fortes
Que através de mil prantos e mil mortes,
Sabemos que a verdade ou a ilusão,
-- Ideia altiva ou corpo de mulher --
Nunca podem fugir a quem tiver
Beijos de amor e garras de ambição!
Humilde Plenitude, Lisboa, Livros do Brasil, 1951
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