Estes anos cruciais da guerra têm sido, paradoxalmente, favoráveis ao desenvolvimento das letras em Portugal. Dizemos paradoxalmente, porque nem o clima interno é propício à floração do talento literário, nem o ambiente exterior é de molde a permitir aos espíritos a calma indispensável à maturação das obras de arte. Deve ser muito forte o estímulo dos jovens escritores portugueses, para os levar a vencer todas as oposições e limitações e a realizar-se, se não plenamente, pelo menos com grande pujança.
Jaime Brasil, Os Novos Escritores e o Movimento Chamado «Neo-Realismo», Porto, 1945, p. 3.
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