«Ao ver impresso, aqui e ali, o nome do pequeno país, sinto-me puerilmente comovido, como se fosse encontrar, após longas pesquisas, um ser amado, até esse momento perdido no Mundo... O dia mostra-se esplendente quando deixo as termas, com as suas ruas mui limpas e claras, suas árvores penteadas, todo esse ambiente garrido, luminoso, aguarelado, das vilas de águas francesas, que dir-se-ão passadas a ferro para seduzir os hóspedes.» «Andorra» [1929], Pequenos Mundos e Velhas Civilizações (1937-38)
«Entramos, pois, no "Parador Gil Blas", que celebra o herói do famoso romance de Lesage. É, também, um velho palácio que o turismo adaptou a hotel. Do fundo da sala, envidraçada e com o seu todo de jardim-de-inverno, a governanta vem ao nosso encontro, alta, distinta e de olhos negros, sonhadores, como requer um albergue de bom nome literário.» As Maravilhas Artísticas do Mundo (1959-63)
«Já no Atlântico, contornando a costa portuguesa e, depois, a espanhola, os passageiros que vêm de Nova Iorque entregam-se aos jornais ingleses, recém-comprados em Lisboa, reunindo-se, à noite, não em frente da orquestra, que toca, solitária, no grande salão, , mas juntos dos aparelhos que espalham notícias do Mundo convulso.» A Volta ao Mundo (1940-44)